O Lumni é agora Lumi e tem um novo chef
Com um rooftop com vista desafogada sobre Lisboa, o restaurante aposta num menu para todo o dia e outro para o jantar.
Miguel Castro e Silva deixou o Lumni, no topo do Hotel Lumiares, no coração do Bairro Alto, em Lisboa, e João Silva assumiu a cozinha do agora Lumi. O fine dining deu lugar a uma comida com influência portuguesa e mais descontraída, embora o serviço continue a ser cuidado e o espaço de luxo mantenha uma vista deslumbrante, do Castelo de São Jorge à ponte sobre o Tejo.
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Miguel Castro e Silva deixou o Lumni, no topo do Hotel Lumiares, no coração do Bairro Alto, em Lisboa, e João Silva assumiu a cozinha do agora Lumi. O fine dining deu lugar a uma comida com influência portuguesa e mais descontraída, embora o serviço continue a ser cuidado e o espaço de luxo mantenha uma vista deslumbrante, do Castelo de São Jorge à ponte sobre o Tejo.
Para chegar ao Lumi é preciso entrar no hotel e subir até ao último andar, de elevador. Lá em cima, a vontade impele-nos a sair e ficar na esplanada criada ao nível do telhado. À hora do almoço ouvem-se os sinos da igreja de São Roque, mesmo ali ao lado, e o sol de Inverno mantém-se suficientemente quente para se despir o casaco.
A proposta é para experimentar alguns dos pratos do menu que está disponível durante todo o dia – o conceito mudou e a sala que pode servir os pequenos-almoços a quem se aloja nos apartamentos de luxo do Lumiares transforma-se rapidamente para receber quem quiser comer a partir das 11h e até às 19h. Além de comandar a cozinha do Lumi Rooftop, João Silva é também o chef executivo do hotel, onde são oferecidos pequenos-almoços com cereais e outros produtos orgânicos.
Os snacks passam pelo queijo dos Açores panado com doce de abóbora (9 euros) e as azeitonas, hummus com pão alentejano (7,50 euros), até à salada de bulgur com legumes biológicos e molho de caju (9 euros) ou a salada de polvo com feijão verde e ervilhas (8 euros), a tosta de pêra abacate com pimenton de la Vera (9 euros), ao prego de novilho com mostrada Dijon em bolo lêvedo dos Açores (11 euros), a bruschetta com legumes grelhados e queijo da Serra (8,50 euros), entre sopas e pastéis. Depois há sobremesas como crème brulée (6,50 euros), brownie de chocolate (6,50 euros), fruta fresca ou bolo do dia (5,50 euros).
Para a noite, que começa às 19h e se prolonga até às 23h, e que nesta altura do ano convida a ficar na sala que tem paredes meias com a cozinha, onde se vê a finalização dos pratos, os snacks transformam-se em entradas como as saladas de polvo e a de legumes, o pastel de queijo ou a bruschetta; depois, os preços das propostas de peixe e carne variam entre os 14,50 euros (o hambúrguer com queijo, cogumelos boletus e presunto Pata Negra) aos 23 euros (o naco de novilho com batata frita e salada). Há ainda pratos para veganos, assim como um menu para crianças.
A carta de sobremesas inclui as propostas para durante o dia, mas é mais diversificada e convida a provar uma tarte de pêssego biológico com maracujá (7 euros), além de sorvetes (3 euros o sabor), gelados (3 euros o sabor) e uma selecção de queijos (8 euros).
O chef João Silva, que antes do Lumi esteve na Quinta do Arneiro, em Torres Vedras, trouxe da infância, passada com os avós que faziam uma agricultura de subsistência, e da propriedade onde trabalhou, uma herança de que se orgulha, a de explorar os produtos frescos e da época. Se no Arneiro o conceito é farm to table, sendo usados produtos 100% biológicos, no Lumi essa política mantém-se e João Silva procura parcerias com produtores como a Granja Moinhos para o queijo chèvre de produção totalmente tradicional ou o Hortelão do Oeste, de onde chegam os legumes que são servidos, por exemplo.