Bruno de Carvalho ao juiz: "Jesus deve ter levado uma vergastada muito levezinha"
A RTP divulgou nesta sexta-feira excertos do interrogatório do juiz a Bruno de Carvalho, quando o ex-presidente do Sporting foi detido.
A RTP divulgou nesta sexta-feira excertos do interrogatório que o juiz Carlos Delca realizou a Bruno de Carvalho, na sequência da detenção do antigo presidente do Sporting. Nas declarações agora conhecidas, o ex-líder "leonino" desvaloriza as agressões a Jorge Jesus e volta a insistir que esteve à margem de tudo o que se passou em Alcochete, quando um grupo de adeptos do Sporting, invadiu a Academia do clube, e agrediu jogadores e elementos da equipa técnica.
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A RTP divulgou nesta sexta-feira excertos do interrogatório que o juiz Carlos Delca realizou a Bruno de Carvalho, na sequência da detenção do antigo presidente do Sporting. Nas declarações agora conhecidas, o ex-líder "leonino" desvaloriza as agressões a Jorge Jesus e volta a insistir que esteve à margem de tudo o que se passou em Alcochete, quando um grupo de adeptos do Sporting, invadiu a Academia do clube, e agrediu jogadores e elementos da equipa técnica.
"Estive no balneário do treinador e digo-lhe que deve ter sido uma vergastada muito levezinha, pois o Jesus não tinha mazela nenhuma. Falou da camisola do Mário Monteiro, mas não pode ter recebido com tocha no peito, nem um furinho tinha na camisola. Tirando o Dost, mais alguém foi ao hospital mostrar alguma coisa? Acho tudo estranho", referiu Bruno de Carvalho.
O antigo líder "leonino" referiu ainda que Rui Patrício e William Carvalho tinham relações próximas da claque Juventude Leonina e que na única vez que a claque tinha entrado na Academia do clube tinha sido com a autorização do técnico. "O Rui Patrício e o William queriam sair. Tinham almoços e jantares regulares com a Juve Leo. Portanto, não eram santos e uma vez o Jesus quis ir jantar com a Juve Leo. Tirando a festa de Natal ou de aniversário, nunca fui jantar com claque nenhuma. A única vez que entraram na Academia foi o Jesus que deixou. Eu não deixei e disse ao Jesus que ele não mandava nada", referiu o ex-dirigente.
Bruno de Carvalho explicou ainda a famosa expressão "façam o que quiseram", proferida numa reunião na sede da claque, a 7 de Abril. Na versão do antigo presidente, esclareceu que apenas quis "despachar" a reunião e que o tema era outro. "O tema da conversa foi 90% o ataque que fiz, segundo eles, ao Fernando Barata [Mendes]. E alguém diz: 'vamos fazer umas tarjas com frases'. A verdade é que tinha de acabar a reunião e disse relativamente às tarjas 'façam o que quiserem'."
Sobre os seis telefonemas entre Bruno de Carvalho e Fernando Mendes, ex-líder da "Juve Leo", após a derrota do Sporting no Funchal, com o Marítimo, Bruno de Carvalho avança com uma explicação curiosa: "O que queria? Ele estava completamente embriagado. Eu acho que era muito mais o querer ser ouvido. E por que motivo viria falar comigo e não com outra pessoa? Acho Alcochete muito estranho, talvez ele só quisesse que [o telefonema] ficasse registado..."
Já sobre o facto de o portão da Academia de Alcochete não se encontrar fechado no momento da invasão dos adeptos, Bruno de Carvalho explicou que isso se deveu a um pedido da comunicação social. "O portão não é fechado porque os senhores jornalistas pediram ao senhor, 'por amor de Deus', para não fechar para poderem entrarem."