Mercado São Sebastião no Porto vai ser reabilitado

O Presidente da Junta de Freguesia do Centro Histórico, onde se localiza o mercado, garantiu que as obras estarão concluídas no primeiro trimestre de 2019, num local que não as vê desde os anos 90, quando nasceu em frente à Sé do Porto.

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Conclusão da obra está prevista para o primeiro trimestre de 2019 Nelson Garrido

Quem vê o Mercado São Sebastião, na freguesia da Sé no Porto e bem abaixo da catedral, chega a pensar que este está fechado. Não está mas a verdade é que o comércio funciona ali a meio gás – apenas durante a manhã, no período das 7h até ao meio-dia. Entre as 50 bancas que disponibiliza só estão ocupadas 22, mas não de forma permanente. As comerciantes que ali vão vender todos os dias reduzem-se a seis ou sete, num negócio que já nem lucro dá, garantem. Numa sessão pública, na tarde desta terça-feira, 27 de Novembro, o presidente da União de Freguesias do Centro Histórico, António Fonseca, prometeu que é desta que terá lugar a reabilitação daquele espaço.

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Quem vê o Mercado São Sebastião, na freguesia da Sé no Porto e bem abaixo da catedral, chega a pensar que este está fechado. Não está mas a verdade é que o comércio funciona ali a meio gás – apenas durante a manhã, no período das 7h até ao meio-dia. Entre as 50 bancas que disponibiliza só estão ocupadas 22, mas não de forma permanente. As comerciantes que ali vão vender todos os dias reduzem-se a seis ou sete, num negócio que já nem lucro dá, garantem. Numa sessão pública, na tarde desta terça-feira, 27 de Novembro, o presidente da União de Freguesias do Centro Histórico, António Fonseca, prometeu que é desta que terá lugar a reabilitação daquele espaço.

Com uma verba de 100 mil euros, disponibilizada pelo Orçamento Colaborativo da Câmara Municipal do Porto, a União de Freguesias – que inclui Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória – vai reabilitar o Mercado São Sebastião que se encontra quase abandonado e rodeado por marginalidade do lado de fora, garante o presidente e as arrendatárias das bancas.

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Mercado já tem poucas vendedoras e há muita reclama a necessidade de obras Nelson Garrido

O projecto apresentado pelo arquitecto Nuno Campos inclui o reaproveitamento das seis plataformas já existentes no mercado. Nesse contexto, desenvolver-se-iam, respectivamente, a partir da entrada principal (virada para a Sé) o comércio de peixe; frutas e legumes; flores; artesanato; cafetaria e restauração; e, por fim, no patamar exterior que teria uma ligação ao interior, estaria uma esplanada.

O projecto prevê ainda a substituição das actuais grades, preenchidas por plásticos, que rodeiam o edifício – que em nada protegem da chuva e do vento e que lhe dão “um aspecto de prisão”, sustentou o arquitecto – por janelas em vidro e ferro – material marcadamente utilizado no Centro Histórico como é o caso da Ponte Dom Luís I – de forma a fechar o espaço.

Além deste, outro problema gritante do local é a falta de casas de banho, cuja construção também está prevista na acção. Esse factor torna-se crucial a nível de saúde pública e higiene e viria reduzir as deslocações das comerciantes e o, consequente, abandono temporário das bancas.

Numa zona onde a população já não vai para a nova, essas mesmas deslocações já pesam e, ainda na manhã desta terça-feira, Maria Júlia, da banca das hortaliças e frutas, deixou o negócio entregue ao marido enquanto ia até ao fundo da rua íngreme para se poder dirigir a uma casa de banho. “Já apanhei uma pneumonia por causa do vento que aqui passa e estas saídas também não ajudam”, explica.

Quando lhe perguntamos, tanto a ela como às restantes que ali vendem, se o mercado precisa de ser renovado, a resposta já está na ponta da língua e nem dela duvidam: sim. “Claro que estamos a precisar, mas ele [o presidente da junta] não veio aqui dizer nada”, “Isto é um mercado muito antigo, não anda aqui ninguém”, “A Sé está vazia e não tem ninguém a viver cá”, diziam em alto e bom som as peixeiras ainda à entrada.

“Nós, que somos as locatárias da casa, tínhamos que saber e porque é que a gente não sabe”, questionou Isabel “Peixeira”, como é conhecida e como a tratam, sobre o projecto de reabilitação do mercado. Por ali, não acreditam que vá mudar alguma coisa, uma vez que as promessas foram feitas durante anos e nenhuma intervenção tomou lugar. Certo é que o presidente da junta garantiu que as comerciantes que lá se encontram actualmente em nada vão sair prejudicadas e continuarão a pagar os actuais 20 euros de renda, não tendo o mercado que fechar temporariamente para obras.

Na Junta de Freguesia ficou garantida a conclusão da obra ainda no primeiro trimestre de 2019 já que o projecto para o mercado será entregue na Câmara Municipal até ao final do ano. Nele está ainda prevista a mudança da iluminação e desobstrução dos automóveis na travessa São Sebastião de modo a dar maior visibilidade ao espaço.

O investimento será de 75 mil de euros. António Fonseca assegurou ainda que faltando dinheiro para a conclusão da obra, a Junta de Freguesia garantirá a sua conclusão.

Texto editado por Ana Fernandes