Investigadores apostam na folha de mirtilo para tratar esclerose múltipla

Projecto de investigação da U. Coimbra recebeu uma Bolsa do Inov C 2020. Querem perceber qual é o potencial terapêutico da folha de mirtilo no tratamento da esclerose múltipla.

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Pixabay

Um projecto de investigação da Universidade de Coimbra (UC) que aposta na folha de mirtilo para tratamento da esclerose múltipla foi contemplado com uma Bolsa do INOV C 2020, financiada por fundos comunitários

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Um projecto de investigação da Universidade de Coimbra (UC) que aposta na folha de mirtilo para tratamento da esclerose múltipla foi contemplado com uma Bolsa do INOV C 2020, financiada por fundos comunitários

O INOV C 2020 é um projecto suportado por verbas do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), que tem como principal objectivo alavancar ideias de empreendedorismo e inovação na região Centro. Este ano, as Bolsas de Ignição foram atribuídas este ano a 15 "projectos de investigação científica com aplicabilidade comercial".

Este projecto da UC aposta no potencial terapêutico da folha de mirtilo, um subproduto agrícola desperdiçado, para o tratamento da esclerose múltipla. "Tendo em vista a criação de produtos nutracêuticos com propriedades neuroprotectoras e neurorregeneradoras para uso terapêutico na esclerose múltipla e em doenças do foro neurológico e psiquiátrico, a equipa de investigação encontra-se a desenvolver uma nova tecnologia de obtenção de compostos fenólicos (CF) capazes de actuar no sistema nervoso central, que estão presentes em elevado teor nas folhas de mirtilo", esclarece a equipa de investigadores.

Com experiência nas áreas de farmacologia, neurologia e fitoquímica, o projecto conta com uma equipa de investigação multidisciplinar da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, em colaboração com a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto, e o patrocínio da Cooperativa Agropecuária dos Agricultores de Mangualde CRL (COAPE).

O consórcio INOV C 2020 é liderado pela Universidade de Coimbra e integra "dez parceiros nucleares": o Instituto Politécnico de Coimbra, o Instituto Politécnico de Leiria, o Instituto Politécnico de Tomar, o Instituto Pedro Nunes, o ITeCons, o SerQ, a ABAP, a Obitec e o TagusValley.