Presidente do Boca Juniors recusa jogar com River Plate até decisão do Tribunal

Em causa está um ataque ao autocarro que transportava a formação do Boca, o que levou a final da Taça Libertadores a ser adiada por duas vezes antes de ser suspensa.

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O presidente do Boca Juniors, Daniel Angelici, tinha apresentado um requerimento junto do tribunal da CONMEBOL LUSA/ANDRES CRISTALDO

O presidente do Boca Juniors rejeitou nesta terça-feira a hipótese de a equipa defrontar o River Plate antes de a justiça se pronunciar e de se definir nova data para a segunda mão da final da Taça Libertadores de futebol.

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O presidente do Boca Juniors rejeitou nesta terça-feira a hipótese de a equipa defrontar o River Plate antes de a justiça se pronunciar e de se definir nova data para a segunda mão da final da Taça Libertadores de futebol.

"Não aceitaremos jogar até que o Tribunal tome uma decisão. Discordo que seja fixada uma data para a realização do jogo", reagiu Daniel Angelici desde Assunção, capital do Paraguai, onde está sediada a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

Angelici fez ainda saber que, caso não concorde com a decisão do Tribunal, irá recorrer para o Tribunal de Apelo da Conmebol ou para o Tribunal Arbitral do Desporto.

A Conmebol, que já tinha aberto um processo contra o River Plate na sequência do ataque ao autocarro da equipa do Boca, no sábado, de que resultou o adiamento da segunda mão da final da Taça Libertadores, anunciou nesta terça-feira que a partida deverá ser disputada em campo neutro, fora da Argentina.

"É mais prudente que o jogo não seja disputado na Argentina. A final realizar-se-á a 8 ou 9 de Dezembro, em local a ser definido pela administração da Conmebol", anunciou em nota publicada no Twitter o organismo que administra o futebol sul-americano, que recebeu nos últimos dias várias propostas para a organização do jogo, nomeadamente Assunção, Génova, em Itália, ou Belo Horizonte, no Brasil.

No entanto, esta intenção está dependente da decisão do Tribunal Disciplinar da Conmebol, que analisa o pedido do Boca Juniors para que a vitória na final lhe seja atribuída, reconheceu o próprio presidente daquele organismo, Alejandro Domínguez.

O vencedor da Taça Libertadores qualifica-se para o Campeonato Mundial de Clubes que será realizado nos Emirados Árabes Unidos e a final edição de 2019 será a última a ser disputada em duas mãos, ao sistema de jogo único, como acontece na Liga dos Campeões europeus.

No sábado, na data inicial prevista para a segunda mão, o autocarro que transportava a comitiva do Boca Juniors foi atacado à chegada ao estádio Monumental, do River Plate, resultando em ferimentos em alguns jogadores.

Os adeptos lançaram pedras e gás pimenta, e os futebolistas Pablo Pérez e Gonzalo Lamardo tiveram que ser assistidos no hospital.

Depois do empate 2-2 cedido na primeira mão, na Bombonera, o Boca pretende que o River seja punido pelo ataque e que se aplique o artigo 18 do regulamento disciplinar, que prevê várias penalizações, entre as quais a desqualificação.