Leixões recebe 700 carros da Autoeuropa e quebra jejum de 12 anos
Porto em Matosinhos pode chegar a um parqueamento de 5000 carros até final do ano. Administração recorda que há 12 anos que o Porto de Leixões não embarca automóveis
O Porto de Leixões, em Matosinhos, recebeu hoje 700 automóveis da Autoeuropa para embarque, podendo chegar a um parqueamento de 5000 carros até final do ano, anunciou a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).
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O Porto de Leixões, em Matosinhos, recebeu hoje 700 automóveis da Autoeuropa para embarque, podendo chegar a um parqueamento de 5000 carros até final do ano, anunciou a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).
“Este novo serviço será uma mais-valia para Leixões e para o país, que verá reforçada a sua capacidade exportadora, como para a Autoeuropa, que encontra no nosso porto uma opção eficiente para escoar os seus automóveis”, refere a administração portuária, em comunicado.
Dizendo tratar-se de uma “resposta às necessidades” de exportação de automóveis, a APDL adiantou que hoje, 12 anos depois, voltou a receber carros para embarque.
Na nota, a administração portuária refere que o Porto de Leixões é o principal porto do país em movimentação de carga "roll-on/roll-off", serviço necessário à movimentação de veículos na área portuária.
Só em 2017, este segmento de carga cresceu 18% em Leixões, registando um movimento de um milhão de toneladas de mercadoria, acrescentou.
Os trabalhadores eventuais do Porto de Setúbal (estivadores), principal estrutura portuária de embarque de veículos da Autoeuropa, estão em greve desde 5 de Novembro para exigir um contrato colectivo de trabalho.
Na quinta-feira, os estivadores impediram a entrada de um autocarro que transportava trabalhadores para os substituir no carregamento de um navio com viaturas da fábrica da Autoeuropa, mas acabaram por ser retirados por elementos da PSP.
No mesmo dia, Ana Paula Vitorino defendeu uma revisão das relações laborais no Porto de Setúbal e apelou a um entendimento urgente entre as partes.
Contudo, o Sindicato dos Estivadores e Actividade Logística (SEAL) acusou o Governo e a administração portuária de incendiarem o conflito laboral.