As "grandes, médias e pequenas mentiras" do OE, segundo Rui Rio

Líder do PSD participou na Festa da Europa, em Esposende, e enumerou as mentiras do executivo em matéria de Orçamento do Estado.

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O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou no sábado à noite, em Esposende, que o Orçamento do Estado (OE) para 2019 contém "grandes, pequenas e médias mentiras", sendo uma das principais a que se relaciona com o valor do défice.

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O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou no sábado à noite, em Esposende, que o Orçamento do Estado (OE) para 2019 contém "grandes, pequenas e médias mentiras", sendo uma das principais a que se relaciona com o valor do défice.

"O Governo diz que o défice que está no OE são 385 milhões de euros. É mentira. O défice são 975 milhões de euros, o défice anunciado é mentira", referiu.

Falando na Festa da Europa, perante mais de 2.750 pessoas, Rio apontou as cativações como "a segunda grande mentira" do próximo OE. Uma mentira, sublinhou, que é "comum a todos os OE" desta legislatura.

"Por força das cativações, aprovam um orçamento, mas depois apenas executam uma parte (...). É um engano enorme, executa apenas aquilo que lhe apetece executar (...). Mas se nos engana a todos, engana principalmente o BE e o PCP, que aprovaram com eles o Orçamento, negociaram as medidas, mas não têm qualquer segurança que essas medidas venham a ser executadas", disse.

Segundo Rio, o OE para 2019 contém "pequenas e médias mentiras", desde logo a redução do IVA na electricidade.

"Não será uma grande mentira, é uma pequena e média mentira. Não vão ter redução nenhuma no IVA, só vão ter redução sobre o IVA dos contadores e só os que têm a potência mais baixa contratada. É só para alguns e mesmo para esses são cerca de 80 cêntimos por mês. Não é daquelas mentiras muito grandes, mas enganaram-nos", criticou.

O anúncio de que as horas extraordinárias vão ficar fora do IRS e os 50 milhões de euros para aumentar a função pública são outras das "pequenas e médias mentiras" denunciadas por Rio.

O presidente do PSD acusou o Governo de não preparar o futuro, sublinhando que, por isso, quando a economia europeia começar a crescer menos, os portugueses vão ter de apertar "dois furos" do cinto.

"Podíamos apertar apenas um furo do cinto se tivéssemos tido o cuidado de preparar o futuro, assim vamos todos de ter apertar dois furos no cinto", alertou.

Disse ainda que "nunca os portugueses pagaram tantos impostos" como agora, mas, acusou, o Governo ainda se prepara para lançar "um adicional ao adicional ao IMI" e "mais um imposto, a taxa de protecção civil".

"Onde é que isto vai parar? Quando é que param com os impostos? É mais um, e mais um e mais um, é tempo de dizer basta de impostos", reclamou.