Pavilhão Rosa Mota reabre em 2019 com Super Bock Arena no nome

Por um período de 20 anos, executivo de Rui Moreira pretende alterar toponímia do equipamento inaugurado em 1952. Proposta vai ser votada na reunião camarária da próxima terça-feira

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Pavilhão foi projectado pelo arquitecto Carlos Loureiro Marco Duarte

Quando entre Maio e Junho de 2019 o Pavilhão Rosa Mota reabrir, o baptismo do equipamento inaugurado em 1952 terá associado ao nome da atleta portuense a designação de uma marca de cerveja. “Super Bock Arena” fará parte da toponímia da obra do arquitecto Carlos Loureiro nos próximos 20 anos, período da concessão do pavilhão a privados.

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Quando entre Maio e Junho de 2019 o Pavilhão Rosa Mota reabrir, o baptismo do equipamento inaugurado em 1952 terá associado ao nome da atleta portuense a designação de uma marca de cerveja. “Super Bock Arena” fará parte da toponímia da obra do arquitecto Carlos Loureiro nos próximos 20 anos, período da concessão do pavilhão a privados.

A proposta vai ser votada na reunião camarária da próxima terça-feira e já será resultado de uma negociação prévia entre o executivo de Rui Moreira e a sociedade Círculo de Cristal, S.A. Segundo o documento que será levado a votação, houve um primeiro pedido da empresa que o presidente da câmara "não aceitou agendar para deliberação" e que, entende-se, eliminava o nome da atleta portuense.

"Contrariamente a um primeiro pedido”, lê-se na proposta, “este não altera a designação formal ou corrente do equipamento, traduzindo-se apenas na adopção suplementar de branding". Qualquer alteração a este acordo, “mesmo para efeitos de exploração comercial”, terá de ter o “acordo prévio do município", acutelam.

O negócio do consórcio permitirá à autarquia encaixar “quatro milhões de euros” nos seus cofres, garantindo os direitos de utilização do equipamento durante alguns dias por mês. Depois de reabilitado, o pavilhão - inicialmente criado para uso desportivo e que preservará os jardins e espaço público envolvente - poderá “receber eventos desportivos, artísticos e económicos (nomeadamente congressos) de dimensão e características que, de outra forma, inexistiram”.

A reabilitação do Rosa Mota, iniciada em Fevereiro, vai custar ao consórcio Porto Cem Por Cento Porto oito milhões de euros. O equipamento terá um interior completamente renovado e capaz de se adaptar aos diferentes eventos. As pequenas e típicas janelas da cúpula terão um mecanismo capaz de as “fechar”, impedindo a passagem de luz.

A maratonista Rosa Mota, campeã olímpica em atletismo em 1988, já foi distinguida com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, a Grã-Cruz da Ordem do Mérito e o título de Doutora Honoris Causa da Universidade do Porto. Contactada pelo PÚBLICO, a atleta não esteve disponível para comentar o assunto, mas a autarquia garante que Rosa Mota "fez parte da solução" encontrada.