António Costa: Alterações orçamentais dos partidos representam desvio de 5,7 mil milhões

Se as propostas dos partidos que não integram o Governo fossem todas aprovadas, "haveria uma redução de 3,8 mil milhões de euros na receita do Estado e um aumento de cerca de 1,9 mil milhões de euros de despesa", defendeu hoje o primeiro-ministro

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LUSA/FERNANDO VELUDO

O primeiro-ministro apelou hoje ao sentido de responsabilidades dos partidos nas votações na especialidade do Orçamento para 2019 (OE 2019), defendendo que as propostas de alteração, no seu conjunto, representam um desvio de 5,7 mil milhões de euros.

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O primeiro-ministro apelou hoje ao sentido de responsabilidades dos partidos nas votações na especialidade do Orçamento para 2019 (OE 2019), defendendo que as propostas de alteração, no seu conjunto, representam um desvio de 5,7 mil milhões de euros.

Esta estimativa foi apresentada por António Costa numa conferência de imprensa sobre os três anos de funções do Governo, na Casa de Allen, no Porto.

"Se somarmos a totalidade das propostas de alteração ao Orçamento dos diferentes partidos [em sede de especialidade] para reduzir a receita ou aumentar a despesa, teríamos uma catástrofe orçamental, porque a soma de tudo daria um desvio de 5,7 mil milhões de euros", afirmou o líder do executivo.

De acordo com as contas do primeiro-ministro, se as propostas dos partidos que não integram o Governo fossem todas aprovadas, "haveria uma redução de 3,8 mil milhões de euros na receita do Estado e um aumento de cerca de 1,9 mil milhões de euros de despesa".

"Esse seria um cenário do absurdo, pois tal era pressupor que todos votariam as propostas de todos e que, apesar de terem aprovado na generalidade um Orçamento, o desvirtuavam completamente na votação final global".

"Isso significaria inviabilizar completamente a execução do Orçamento, seria uma catástrofe financeira que não pode existir. Confio - como devemos confiar - no sentido de responsabilidade de cada partido", declarou.