A “pegada académica” da Un. Lusófona em Angola
É no campo da formação superior inicial, que corresponde ao suprir das falhas mais básicas ao nível do Ensino Superior, que o Grupo Lusófona mais tem dado o seu contributo a Angola.
O Grupo Lusófona é o maior grupo privado de ensino em Portugal, um projeto responsável pela gestão de mais de vinte instituições de ensino superior e não superior em Portugal e noutros países lusófonos (Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné). A instituição líder deste projeto é a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, que deu nome do grupo.
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O Grupo Lusófona é o maior grupo privado de ensino em Portugal, um projeto responsável pela gestão de mais de vinte instituições de ensino superior e não superior em Portugal e noutros países lusófonos (Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné). A instituição líder deste projeto é a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, que deu nome do grupo.
Pelos seus Estatutos, e dando corpo ao desígnio marcado no nome, a Universidade Lusófona tem como missão o ensino e a investigação “em ordem ao desenvolvimento dos países e povos lusófonos” (Art. 2.º). Esta vocação tem sido desenvolvida através de duas linhas de acção: por um lado, com o desenvolvimento de instituições de ensino nos vários países da CPLP e, por outro, com o acolhimento em Portugal de estudantes oriundos dos mais diversos espaços da lusofonia.
Paralelamente, o grau de empenho com esta disposição estatutária é tal que, em 2007, a Un. Lusófona tornou-se a primeira universidade admitida na CPLP como Observador-Consultivo. Atualmente, a Un Lusófona integra a sua Comissão Temática de Educação, Ensino Superior, Ciência e Tecnologia.
O esforço por participar na formação da população dos países da CPLP foi já reconhecida em 2013 no estudo Os estudantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no ensino superior em Portugal, da autoria de Isabel Pedreira e da equipa de Estudos de Educação e Ciência / Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência. Este trabalho colocava a Un. Lusófona e o Instituto Politécnico de Lisboa como as duas instituições universitárias nacionais que entre 1995 e 2011 mais alunos de países da CPLP tinham recebido. A Un. Lusófona surge, em média, a acolher 10% dos alunos da CPLP que se inscreviam no Ensino Superior em Portugal (incluindo universidades públicas e privadas).
Centremos agora a nossa atenção no caso dos cidadãos angolanos. Quando olhamos para os valores, percebemos como a Un. Lusófona consolidou a sua posição na oferta de formação que é vista por quem a procura como válida para o desenvolvimento. Ao todo, o Grupo Lusófona já diplomou, em Portugal, 1258 cidadãos angolanos, numa clara promoção da igualdade de género: 698 do sexo feminino e 560 do masculino.
A procura, que corresponde a uma aposta por parte dos cidadãos que colocam os seus filhos a estudar em Portugal, é claramente no nível da Licenciatura. Destes 1258 diplomados, 1038 obtiveram a Licenciatura, 97 o Mestrado, 98 um Curso de Pós-Graduação, e apenas 4 o Doutoramento. É no campo da formação superior inicial, que corresponde ao suprir das falhas mais básicas ao nível do Ensino Superior, que o Grupo Lusófona mais tem dado o seu contributo a Angola.
O número de inscritos é anualmente sempre elevado. No ano lectivo passado, 2017/18, estavam inscritos na Un. Lusófona 533 alunos (602 se somados os matriculados nas outras instituições do Grupo Lusófona em Portugal). Ao todo, foram já 6542 os cidadãos angolanos que passaram pelas secretárias, laboratórios, ginásios e estúdios das instituições do Grupo Lusófona em Portugal.
Por fim, estes números ainda nos podem fornecer uma outra leitura se conjugados com a política de atribuição de bolsas do Grupo Lusófona. Com um sólido e continuado programa de bolsas de estudo, desde 2015 em conjugação coma CPLP, a Un. Lusófona já atribuiu bolsas a 2796 alunos, num valor total que supera os 5 milhões de euros.
No momento e que tanto se equaciona sobre a sua relação com Angola, merece a pena dar alguma atenção a este trabalho sem holofotes, sem barulho e marketing, mas que tem consolidado uma posição de Portugal na formação dos quadros angolanos.
Se hoje há uma relação estabelecida entre Portugal e Angola nos campos científicos, académicos e económicos, muito se deve a estes milhares de angolanos que viveram em Portugal enquanto frequentavam cursos na Un. Lusófona.
Assessor da Administração da Un. Lusófona
O autor escreve segundo o novo Acordo Ortográfico