O português João Fernandes está na lista dos 100 mais influentes da arte
Revista Art Review publicou a sua lista Power 100 e João Fernandes, o subdirector do Museu Rainha Sofia, está a meio da lista, juntamente com o director da instituição – é o único português no top.
A revista Art Review publicou esta semana a sua lista Power 100, que identifica a cada ano as pessoas mais influentes do mundo da arte, e a 51.ª posição é ocupada pela dupla de directores do Museu Rainha Sofia, em Espanha: o director Manuel Borja-Villel e o subdirector João Fernandes. O português é uma das novas entradas deste top, a par do movimento #MeToo, do poeta e crítico Fred Moten e da artista Nan Goldin.
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A revista Art Review publicou esta semana a sua lista Power 100, que identifica a cada ano as pessoas mais influentes do mundo da arte, e a 51.ª posição é ocupada pela dupla de directores do Museu Rainha Sofia, em Espanha: o director Manuel Borja-Villel e o subdirector João Fernandes. O português é uma das novas entradas deste top, a par do movimento #MeToo, do poeta e crítico Fred Moten e da artista Nan Goldin.
Os dois responsáveis pelo museu madrileno, um dos mais importantes museus de arte contemporânea da Europa – onde está a Guernica de Picasso –, são elogiados por serem os “chefes do radical Rainha Sofia” e porque “resistem ao apelo da exposição blockbuster”. Manuel Borja-Villel é director do museu desde Janeiro de 2008 e João Fernandes juntou-se-lhe em 2012, depois de ter dirigido o Museu de Serralves desde 2003. Sob esta direcção, diz a Art Review, o Rainha Sofia “tem um desígnio mais radical” – a revista acrescenta que “Fernandes foi um activista comunista de relevo na sua juventude” – “numa altura em que o capitalismo ameaça reduzir os públicos a ‘autómatos consumidores e obedientes’”, como disse este ano, e cita a revista, o próprio Borja-Villel.
São destacadas exposições como aquela que dedicaram ao sul-africano William Kentridge, ao americano George Herriman, a Fernando Pessoa, à espanhola Dora García, ao artista luso-brasileiro e activista Artur Barrio ou ao dadaísmo russo, no fundo uma programação que tem dado espaço a “nomes cujo trabalho não é necessariamente ubíquo no circuito de museus nacionais”.
Manuel Borja-Villel e João Fernandes estão a meio de uma lista de 99 personalidades e um movimento – o #MeToo, que ocupa a terceira posição na lista de 2018, é o único movimento numa lista encimada pelo galerista David Zwirner e pelo pintor Kerry James Marshall e de que constam ainda Miuccia Prada (20.ª), Ai Weiwei (quinta), os galeristas Iwan e Manuela Wirth (sexta), Hans Ulrich Obrist (sétimo) ou Nan Goldin, uma nova entrada para uma artista veterana que agora se destaca também pelo seu activismo na área do mecenato e contra a família Sackler, gigantes da indústria farmacêutica ligados ao fabrico de opiáceos e ao apoio às artes.