Governo dá 45 dias para inspecção às pedreiras de Borba
Operações para encontrar ocupantes das viaturas arrastadas pelo deslizamento de terras foram retomadas esta quarta-feira.
O Ministério do Ambiente e da Transição Energética pediu uma inspecção ao licenciamento, exploração, fiscalização e suspensão de operação das pedreiras situadas na zona de Borba, onde ocorreu a tragédia que provocou dois mortos e três desaparecidos.
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O Ministério do Ambiente e da Transição Energética pediu uma inspecção ao licenciamento, exploração, fiscalização e suspensão de operação das pedreiras situadas na zona de Borba, onde ocorreu a tragédia que provocou dois mortos e três desaparecidos.
De acordo com um comunicado divulgado esta quarta-feira, a Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) tem 45 dias para realizar a inspecção pedida.
O pedido de inspecção dá-se depois do colapso da estrada municipal que liga Borba a Vila Viçosa, na segunda-feira, que, tal como o PÚBLICO noticia nesta quarta-feira, suscitou a manifestação de preocupações, pelo menos cinco vezes, mas nenhuma delas foi suficiente para evitar que o colapso fosse ocorresse e, pior do que isso, que o acidente acabasse por fazer vítimas mortais.
As operações da Protecção Civil na pedreira atingida pelo deslizamento de terras foram retomadas esta quarta-feira, com vista a encontrar os desaparecidos — o colapso da estrada arrastou para uma profundidade de 50 metros uma retroescavadora e dois automóveis.
O comunicado do Ministério do Ambiente, que se limita a um parágrafo, surge depois de o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, ter avançado esta terça-feira que iria ser aberto um inquérito ao sucedido.
O Ministério Público também já anunciou a abertura de um inquérito “para apurar as circunstâncias” em que ocorreu o acidente.