"Teste do pezinho" aponta para mais 1320 nascimentos até Outubro

No ano passado, a natalidade diminui em relação a 2016. Agora, segundo o "teste do pezinho", está a aumentar de novo.

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Nelson Garrido

O número de bebés nascidos nos primeiros dez meses deste ano aumentou em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo pelo menos 72.805 bebés, segundo dados do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce, conhecido como "teste do pezinho". O número representa um crescimento de 1320 face a igual período de 2017.

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O número de bebés nascidos nos primeiros dez meses deste ano aumentou em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo pelo menos 72.805 bebés, segundo dados do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce, conhecido como "teste do pezinho". O número representa um crescimento de 1320 face a igual período de 2017.

Coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, este programa cobre a quase totalidade de nascimentos, sendo um indicador relativo à natalidade em Portugal, embora o teste não seja obrigatório.

Entre Janeiro e o final de Outubro deste ano, foram estudados 72.805 recém-nascidos, mais 1320 face ao período homólogo de 2017, em que se analisaram 71.485 bebés.

O maior número de testes foi realizado no distrito de Lisboa, com 21.595 testes, seguido pelo Porto, com 13.048. O local com menos nascimentos terá sido Bragança, com 496 testes realizados.

No ano passado, o "teste do pezinho" tinha permitido aferir uma diminuição de nascimentos em relação a 2016.

Pelo menos 86.180 crianças nasceram em 2017, menos 1397 do que em 2016, uma diminuição que ocorreu após três anos consecutivos do aumento de nascimentos, segundo os "testes do pezinho" então realizados.

O "teste do pezinho" é realizado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança, e permite diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são muito difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.