PS trava propostas da esquerda para subida adicional do IMI

Socialistas dizem-se a favor da “estabilidade da medida” e rejeitam "permanentes alterações" à taxa sobre o património imobiliário acima de 1,5 milhões de euros.

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João Paulo Correia é o responsável da bancada socialista pela área das Finanças enric vives-rubio

O deputado do PS João Paulo Correia afirmou em entrevista ao Jornal de Negócios que os socialistas vão travar as propostas do PCP e do Bloco de Esquerda para agravar o AIMI, o adicional ao IMI (o Imposto Municipal sobre Imóveis), e baixar a taxa máxima deste último.

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O deputado do PS João Paulo Correia afirmou em entrevista ao Jornal de Negócios que os socialistas vão travar as propostas do PCP e do Bloco de Esquerda para agravar o AIMI, o adicional ao IMI (o Imposto Municipal sobre Imóveis), e baixar a taxa máxima deste último.

“Estamos mais do lado da estabilidade da medida do que do lado de permanentes alterações”, explicou o responsável socialista pela área das Finanças ao Jornal de Negócios a propósito das propostas da esquerda para agravar o AIMI (a taxa sobre o património imobiliário acima de 1,5 milhões de euros). Ainda assim, adiantou que “poderá haver uma outra alteração que passe por rectificações ou correcções”.

Entre as propostas de alteração que o Bloco de Esquerda entregou na quinta-feira na Assembleia da República está a de redução da taxa máxima de IMI de 0,45% para 0,4% para os prédios urbanos destinados a habitação própria e a proibição de excepção para os municípios endividados, assim como a majoração do IMI para os imóveis em ruínas.

Sobre a descida da taxa máxima de IMI em cinco décimas, para 0,4% (um movimento semelhante ao que aconteceu há dois anos), João Paulo Correia referiu que “há dois anos a perspectiva de crescimento no imobiliário e no rendimento disponível permitia isso”, além de haver essa vontade por parte dos municípios. “Não digo que é impossível, mas começa a ser difícil continuar a baixar a taxa máxima de IMI”, adiantou.

Sobre a possibilidade de taxar a especulação imobiliária, o parlamentar voltou a vincar a objecção dos socialistas a uma medida que “não resolve o problema do aquecimento do mercado de arrendamento e dos preços da habitação”. Para o PS, “taxar a especulação imobiliária iria levar a que essa especulação se agravasse”, afirmou.