Duas portuguesas ligadas ao Daesh querem ajuda do Governo para voltar

As duas mulheres estão a viver num campo das Nações Unidas. Dizem não ser terroristas e pedem o apoio do Governo português para regressarem a Portugal.

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Campo das Nações Unidas em Raqqa, na Síria Reuters/GORAN TOMASEVIC

Há portuguesas num campo das Nações Unidas, na Síria, depois de terem sido capturadas pelas forças curdas a um grupo Daesh baseado em Raqqa. A história é contada numa reportagem da SIC, que mostra a vida das duas mulheres num campo no norte da Síria.

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Há portuguesas num campo das Nações Unidas, na Síria, depois de terem sido capturadas pelas forças curdas a um grupo Daesh baseado em Raqqa. A história é contada numa reportagem da SIC, que mostra a vida das duas mulheres num campo no norte da Síria.

Vânia Cherif vivia em França. Há três anos viajou com o marido, jihadista do Daesh, para a Síria. Vânia, de 24 anos, diz que acreditava estar apenas a caminho de umas férias na Turquia e foi já tarde demais que percebeu que estava ligada ao grupo terrorista. Actualmente vive no campo com a filha, de cinco anos, que enfrenta problemas de saúde. Já Catarina Almeida, de 47 anos, conta num testemunho emocionado que chegou à Síria há quatro anos. Foi atrás do filho, combatente do grupo radical islâmico.

Explica a reportagem da SIC que estas duas mulheres estão “no limbo do direito internacional”. “Não são prisioneiras de guerra, mas também não são refugiadas nem pessoas livres. O destino delas está nas mãos dos países de origem que podem optar por repatriá-las ou deixá-las ali”, conta a repórter.

Vânia e Catarina dizem que querem voltar a Portugal e pedem ajuda ao Governo português.

A guerra da Síria, desencadeada em 2011, já matou mais de 360 mil pessoas e obrigou milhões a abandonarem as suas casas.