Touradas: Alegre “feliz” com decisão dos deputados do PS. “Venceu a liberdade”
O histórico socialista diz que não há “vencedores, nem vencidos” e ficou contente por ver que no PS “as pessoas continuam a ser livres de pensar pela sua cabeça”.
Manuel Alegre manifestou-se "muito satisfeito" por verificar que "o PS mantém um funcionamento correcto e de acordo com a sua tradição" em que "as pessoas continuam a ser livres de pensar pela sua cabeça", depois de saber que os deputados do PS vão propor uma alteração ao Orçamento do Estado que inclua as actividades tauromáquicas na taxa mínima do IVA, de 6%.
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Manuel Alegre manifestou-se "muito satisfeito" por verificar que "o PS mantém um funcionamento correcto e de acordo com a sua tradição" em que "as pessoas continuam a ser livres de pensar pela sua cabeça", depois de saber que os deputados do PS vão propor uma alteração ao Orçamento do Estado que inclua as actividades tauromáquicas na taxa mínima do IVA, de 6%.
Uma versão que contraria a vontade da ministra da Cultura, Graça Fonseca, e do primeiro-ministro que queriam que o IVA das touradas se mantivesse nos actuais 13%.
Alegre, que foi o primeiro socialista a criticar de forma veemente a manutenção do IVA para as touradas, diz, porém, que o primeiro-ministro “não sai fragilizado” por ver a sua bancada parlamentar contrariá-lo. “Nesta questão não há vencedores nem vencidos. Neste caso venceu a liberdade. Venceu também o PS que soube ser fiel à sua tradição”, acrescentou.
O histórico socialista diz que o Governo do PS tem o apoio do PCP, do BE e de Os Verdes, que muitas vezes criticam algumas medidas do PS, mas que “mantêm a sua identidade”. “Neste caso, o PS manteve a sua identidade e é assim que deve ser. Quem vota no PS não vota no PAN”, salientou ainda.
Manuel Alegre recusa que, relativamente às touradas, exista “uma guerra Sul-Norte”. “Eu sempre assisti a touradas em todo o país. O que está em causa é uma tradição portuguesa. De todo o Portugal. Fiquei muito feliz por ver que no PS as pessoas pensam pela sua cabeça”, afirmou.
O socialista lembra que, na carta aberta a António Costa que o PÚBLICO revelou e que acabou por ter resposta do primeiro-ministro, não afirmou “ser a favor ou contra as touradas, mas sim na questão de liberdade para uma tradição portuguesa”.