Visita de João Lourenço a Portugal gera "expectativas imensas"
Relações entre Lisboa e Luanda vivem novo momento. Embaixador angolano em Lisboa afirma que "fortalecer, consolidar e ampliar" laços de "amizade e cooperação” será o principal objectivo da visita do chefe de Estado.
O embaixador de Angola em Portugal, Carlos Alberto Fonseca, declarou esta terça-feira em Lisboa que há "expectativas imensas" em torno da visita a Portugal do Presidente angolano, João Lourenço, agendada para a próxima semana.
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O embaixador de Angola em Portugal, Carlos Alberto Fonseca, declarou esta terça-feira em Lisboa que há "expectativas imensas" em torno da visita a Portugal do Presidente angolano, João Lourenço, agendada para a próxima semana.
"As expectativas são tão grandes quanto as possibilidades que há de cooperação entre os dois países", declarou o diplomata, à margem da cerimónia do Dia de Angola.
A visita de João Lourenço a Portugal estava originalmente marcada para os dias 23 e 24, mas iniciar-se-á no dia 22 devido ao convite da Assembleia da República para uma sessão extraordinária com o chefe de Estado, que discursará perante os deputados. A realização dessa cerimónia, sintomática de um novo momento nas relações luso-angolanas, é apoiada por todos os partidos, incluindo o Bloco de Esquerda, que depois de anos de críticas a Luanda vem agora dar o benefício da dúvida ao novo Presidente angolano.
“Vários dos activistas estão agora a dizer que a situação em Angola está diferente. Nós não somos insensíveis à perspectiva dessas vozes que, não deixando de ser críticas, reconhecem que há coisas a mudar. A realidade é dinâmica, estamos a reflectir sobre essas mudanças", disse durante o fim-de-semana ao PÚBLICO Pedro Filipe Soares, líder da bancada bloquista.
Esta terça-feira, o embaixador angolano sublinhou que os objectivos da visita de João Lourenço "são sempre aqueles de fortalecer, consolidar e ampliar cada vez mais as relações de amizade e cooperação”.
A deslocação do Presidente angolano acontece cerca de dois meses após a visita a Luanda do primeiro-ministro português, António Costa — a primeira em sete anos. Nessa ocasião, Costa defendeu que as deslocações entre os dois países devem acontecer com maior frequência.
Em Outubro, no seu discurso sobre o Estado da Nação, João Lourenço referiu o reforço da "diplomacia económica" como uma das prioridades da sua governação.