Eurodeputado Carlos Coelho teme manipulação externa das eleições europeias
O eurodeputado do PSD afirma-se “seriamente preocupado” com a propagação de mentiras, a utilização de grandes quantidades de dados e o financiamento a partidos extremistas.
Carlos Coelho aproveitou o debate extraordinário do Parlamento Europeu sobre a influência de intervenientes externos nas próximas eleições europeias para fazer um apelo urgente: “Temos que agir. Agir rápido! Agir com meios adequados e suficientes! Agir pela liberdade! “.
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Carlos Coelho aproveitou o debate extraordinário do Parlamento Europeu sobre a influência de intervenientes externos nas próximas eleições europeias para fazer um apelo urgente: “Temos que agir. Agir rápido! Agir com meios adequados e suficientes! Agir pela liberdade! “.
O decano português no Parlamento Europeu mostrou-se “seriamente preocupado com a manipulação eleitoral que pode ter lugar nas próximas eleições europeias de Maio de 2019” e que podem colocar em causa a integridade do processo.
“Não somos ingénuos e sabemos que são muitas as forças externas — políticas, estatais, económicas e militares — que querem condicionar o processo eleitoral, seja através de fake news, da utilização de grandes quantidades de dados para manipulação eleitoral ou através de financiamentos a partidos extremistas que querem destruir o projecto Europeu”, afirmou o social-democrata.
Recordando “a vergonha do caso Facebook/Cambridge Analytica, e os fortes indícios de ingerência russa nas eleições em território europeu”, o eurodeputado que presidiu às comissões especiais do sistema de intercepção de comunicações Echelon e voos secretos da CIA sublinhou que “a cibersegurança é, mais do que nunca, prioritária na defesa dos direitos fundamentais da União”.
“Numa Europa contaminada por egoísmos e populismos, são muitos os que não vão olhar a meios para destruir o projecto europeu e combater a Europa dos valores e das liberdades”, disse.
Por isso, recomendou que a Comissão Europeia e os Estados-membros tomem “as medidas técnicas e organizativas necessárias para gerir os riscos que recaem sobre a segurança das redes e dos sistemas de informação” que forem usados nas eleições para o Parlamento Europeu.