NATO quer combater crimes sexuais para aumentar número de mulheres nos exércitos

Pacote de medidas, que inclui um programa de combate ao abuso sexual em missões militares, visa aumentar a presença feminina nas fileiras dos exércitos da Aliança. O Canadá, por exemplo, aponta para uma meta de 25% até 2026.

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Reuters/Fabrizio Bensch

A NATO está a preparar um pacote de medidas para aumentar o recrutamento de mulheres para as fileiras dos exércitos dos seus Estados-membros, do qual faz parte um programa de combate ao abuso e exploração sexual em missões militares, noticia o jornal espanhol El País, citando a alta representante da Aliança para as mulheres, paz e segurança, Clare Hutchinson. 

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A NATO está a preparar um pacote de medidas para aumentar o recrutamento de mulheres para as fileiras dos exércitos dos seus Estados-membros, do qual faz parte um programa de combate ao abuso e exploração sexual em missões militares, noticia o jornal espanhol El País, citando a alta representante da Aliança para as mulheres, paz e segurança, Clare Hutchinson. 

O programa inclui a implementação de um código de conduta comum aos vários exércitos e a promoção de acções de formação obrigatórias para a identificação e prevenção de agressões de cariz sexual contra mulheres.

A responsável da NATO falava esta quarta-feira em Madrid, numa conferência em que disse existir vontade por parte dos aliados em aprovar e aplicar o programa a partir de Junho de 2018. 

Hutchinson refere a “escassa presença das mulheres na esfera militar”, que em média ronda os 11% nos países da NATO (e não chega a 10% entre altas patentes), como uma preocupação da Aliança. “Precisamos das mulheres não só pelos números, mas também por uma perspectiva de género”, referiu.

Actualmente, a presença de mulheres nas forças armadas oscila entre 1,3% na Turquia e 20% na Hungria. O Canadá, onde o valor actual é de 15%, pretende chegar aos 25% até 2016.