Rede de acesso gratuito a medicamentos já ajudou 3 mil famílias

A Associação Dignitude destacou a impossibilidade de alguns cidadãos ainda não conseguirem adquirir os medicamentos que necessitam, especialmente os jovens.

Foto
FERNANDO VELUDO/ NFACTOS

A Associação Dignitude ajudou, em três anos, cerca de 6.000 beneficiários em todo o país. Entre idosos e crianças, foram adquiridos 120 mil medicamentos de forma completamente gratuita, disse fonte do programa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Associação Dignitude ajudou, em três anos, cerca de 6.000 beneficiários em todo o país. Entre idosos e crianças, foram adquiridos 120 mil medicamentos de forma completamente gratuita, disse fonte do programa.

Esta Segunda-Feira, em Alijó, a Associação Dignitude e o município local assinaram o 100.º protocolo no âmbito do Programa ABEM que tem como objectivo garantir que agregados com carência económica tenham acesso aos medicamentos de que precisam.

"Em Portugal, um em cada cinco portugueses não consegue comprar os medicamentos que mais precisam. A crise económica agravou essa situação mas, com estes protocolos, tentamos minimizar o impacto que essa crise teve e continua a ter", afirmou Francisco Faria, presidente da Dignitude e vice-presidente da Associação Nacional das Farmácias.

O responsável destacou ainda que "um quarto dos beneficiários são crianças até aos 18 anos".

Criada há cerca de três anos, a associação Dignitude já abrangeu mais de três mil famílias, o que perfaz cerca de 6.000 beneficiários, a adquirirem 120 mil medicamentos.

Possui à volta de 540 farmácias aderentes e 100 entidades parceiras, entre câmaras, juntas de freguesias e Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).

Francisco Faria explicou que os beneficiários têm acesso a "todos os medicamentos prescritos e comparticipados de forma completamente gratuita nas farmácias aderentes".

Os apoios são concedidos através de um fundo, para o qual contribuem as entidades parceiras e ainda iniciativas como campanhas de doações.

O fundo tem vários princípios, entre eles a inclusão e o anonimato. "O estigma da carência não pode acompanhar a pessoa na aquisição dos medicamentos", salientou Francisco Faria.

O responsável disse que "nos balcões das farmácias todos os dias aparecem pessoas com dificuldades" e, por isso, frisou que o projecto "continua a ser muito pertinente e vai continuar a fazer a diferença nos portugueses".

O presidente da Câmara de Alijó, José Paredes, afirmou que o programa entra em vigor a partir de Janeiro de 2019 neste concelho do distrito de Vila Real.

"Queremos atingir, nesta primeira fase, 500 pessoas carenciadas do concelho. É um óptimo investimento, um investimento nas pessoas, na qualidade de vida e na saúde", salientou o autarca.

Os beneficiários terão que dispor de um cartão do município para acederam ao apoio.

Para além de Alijó, em Trás-os-Montes, também são parceiras do projecto as autarquias de Carrazeda de Ansiães e Torre de Moncorvo.

Francisco Faria adiantou que, até ao final ano, serão assinados mais 10 protocolos, elevando o programa ABEM para os 110 parceiros.