Sporting tenta replicar com Keizer a última fórmula de sucesso

Tal como László Bölöni, o último treinador a ser campeão nacional pelos “leões”, o técnico holandês é reconhecido pela competência do seu trabalho nos escalões de formação.

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Michael Kooren

Para trás ficaram alguns dos mais conceituados treinadores nacionais, como Fernando Santos, Paulo Bento, Jesualdo Ferreira, Leonardo Jardim, Marco Silva ou Jorge Jesus, mas 6043 dias depois de o Sporting festejar pela última vez um título de campeão nacional, Frederico Varandas tenta replicar em Alvalade a última fórmula de sucesso. O presidente do Sporting apresentou ontem o holandês Marcel Keizer, um treinador com historial semelhante ao de László Bölöni, quando o romeno chegou a Portugal: um estrangeiro com pouco estatuto, mas reconhecido pela competência do seu trabalho nos escalões de formação.

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Para trás ficaram alguns dos mais conceituados treinadores nacionais, como Fernando Santos, Paulo Bento, Jesualdo Ferreira, Leonardo Jardim, Marco Silva ou Jorge Jesus, mas 6043 dias depois de o Sporting festejar pela última vez um título de campeão nacional, Frederico Varandas tenta replicar em Alvalade a última fórmula de sucesso. O presidente do Sporting apresentou ontem o holandês Marcel Keizer, um treinador com historial semelhante ao de László Bölöni, quando o romeno chegou a Portugal: um estrangeiro com pouco estatuto, mas reconhecido pela competência do seu trabalho nos escalões de formação.

Com excepção de Pedro Madeira Rodrigues, que apostava no italiano Claudio Ranieri, José Peseiro foi protegido durante a pré-época por todos os candidatos à presidência do Sporting, mas após 14 jogos e 131 dias, o ribatejano reescreveu o seu nome na lista dos treinadores que nos últimos 16 anos e meio falharam em Alvalade. O insucesso do técnico reforça um cenário de instabilidade que tem sido recorrente nos “leões”.

Desde que foi campeão nacional pela última vez, em 2001-02, o Sporting teve 19 treinadores (quatro deles interinos), mas apenas três conseguiram conquistar troféus (Paulo Bento, Marco Silva e Jorge Jesus) e só dois trabalharam mais do que 365 dias consecutivos no clube: Paulo Bento e Jorge Jesus. Apesar do entra e sai permanente, as apostas das sucessivas direcções “leoninas” têm sido, salvo raras excepções, nos mais conceituados ou promissores treinadores portugueses.

A tendência de entregar o comando da equipa sportinguista a portugueses foi quebrada por Luís Godinho Lopes. Após um 4.º lugar e uma derrota frente à Académica na final da Taça de Portugal em 2011-12, o presidente do Sporting entre 2011 e 2013 contratou Franky Vercauteren, mas o belga resistiu dois meses: com duas vitórias em 11 jogos e o clube em 12.º lugar, apenas um ponto acima da linha de despromoção, Vercauteren foi substituído por Jesualdo Ferreira, que já ocupava as funções de “manager”. Tricampeão nacional pelo FC Porto, o experiente técnico sairia no final da época, depois de o novo presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, contratar outro emergente treinador português: Leonardo Jardim.

Mas Jardim, Marco Silva ou Jorge Jesus, treinadores com competências inegáveis, não conseguiram cumprir a promessa de Bruno de Carvalho de fazer do Sporting novamente campeão e com o clube “leonino” a atravessar uma das fases mais conturbadas da sua história, Frederico Varandas optou por mudar o “chip” para “arrumar a casa”. Tal como László Bölöni, que em Junho de 2001 chegou a Alvalade com currículo sem títulos – tinha-se destacado no Nancy por potenciar talentos -, o holandês Marcel Keizer foi escolhido por não ter “medo de apostar em jovens jogadores e procurar ter sempre um cunho próprio: futebol atractivo e dominador”.

“Desde 8 de Setembro que esta direcção decide em função do que é melhor para o Sporting e não em função do que é popular, do que nos poderia dar conforto ou proteger-nos. A escolha deste treinador assenta nestes princípios. Não escolhemos em função da nacionalidade, não escolhemos em função de cobertura política, não escolhemos um treinador para fazer o final de época. Para mim, um treinador deve ser avaliado por quatro parâmetros: competência técnica, liderança, gestão e comunicação”, justificou Varandas na apresentação de Keizer.

Ilustre desconhecido em Portugal, mas reconhecido na Holanda pela competência como trabalha nos escalões de formação, Marcel Keizer definiu-se como um treinador com “uma filosofia ofensiva”, que gosta de jogar “com pressão alta na defesa”, e fez uma primeira análise sobre o Sporting, após ter assistido à partida frente ao Desp. Chaves: “A equipa esteve muito bem, mas esperamos melhorar um pouco”.