Louçã: BE é a “segurança” contra submarinos, vistos gold e PPP
Para o antigo coordenador, o BE “é a segurança no cumprimento” de compromissos, como o fim das privatizações, a defesa dos direitos dos precários, o aumento do salário mínimo e das pensões.
“O Bloco de Esquerda é a segurança contra esse imenso e insidioso partido da corrupção que vai dos submarinos, aos vistos gold, e às PPP [Parcerias Público-Privadas].” As palavras são do antigo coordenador do partido, Francisco Louçã, que no discurso que fez neste sábado na XI Convenção do BE não deixou de abordar o problema das informações falsas que circulam nas redes sociais ou a escalada de ódio contra as minorias. Louçã não tem dúvidas: “A esquerda é a segurança contra o ódio”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
“O Bloco de Esquerda é a segurança contra esse imenso e insidioso partido da corrupção que vai dos submarinos, aos vistos gold, e às PPP [Parcerias Público-Privadas].” As palavras são do antigo coordenador do partido, Francisco Louçã, que no discurso que fez neste sábado na XI Convenção do BE não deixou de abordar o problema das informações falsas que circulam nas redes sociais ou a escalada de ódio contra as minorias. Louçã não tem dúvidas: “A esquerda é a segurança contra o ódio”.
“Os rufias tomaram conta da direita e são aplaudidos pelos milionários”, avisou o fundador do BE, alertando para os perigos que a democracia corre. “Agora a política suja está por todo o lado.” A pergunta de Louçã é, por isso, esta: “Como vencemos o medo? Garantimos ao povo segurança”, afirmou, defendendo que o BE “é a segurança no cumprimento” de compromissos, como o fim das privatizações, a defesa dos direitos dos precários, o aumento do salário mínimo e das pensões.
“Se querem chamar moralistas à exigência de que ministro e empresário não roubam dinheiro público, chamem-nos moralistas. Somos republicanos”, exclamou Louçã, acrescentando ainda que “o BE é a segurança contra a política facilitista em que o sr. embaixador telefona à hora de jantar a intimar o Parlamento a desvotar o que tinha votado e a exigir os seus milhões. E o BE é a segurança de quem não volta atrás com a palavra dada”.
No final do discurso, o antigo dirigente falou directamente à coordenadora do partido: “Sabes Catarina, vi o Toy Story com a minhas netas e um personagem pergunta para onde vai, diz que é para o infinito e mais além”, começa por contar Louçã para depois concluir que, apesar de o BE ser “mais humilde”, também sabe para onde vai.
"Mais deputados" no PE
Da direcção nacional, coube a José Manuel Pureza estabelecer objectivos eleitorais para as europeias. O deputado à Assembleia da Republica afirmou de forma clara que o BE quer eleger “mais deputados”. Refira-se que o BE tem desde as últimas europeias apenas a eurodeputada Marisa Matias no Parlamento Europeu, mas na anterior legislatura tinha três eleitos: Miguel Portas, Marisa Matias e Rui Tavares.
José Manuel Pureza não deixou de lembrar a luta parlamentar do BE pela legalização da eutanásia e aproveitou para fazer uma sentida homenagem a João Semedo, antigo dirigente recentemente falecido que, desde a primeira hora, esteve na liderança do movimento social pelo direito à eutanásia. As críticas ao PCP, por ter votado contra a despenalização, não ficaram de fora a intervenção de Pureza, que prometeu que o BE vai voltar a insistir no Parlamento nesta proposta.