Fazenda responde a Costa: “Para nós, não faz sentido casar com o Eurogrupo”
Fundador do BE demarca partido das políticas neoliberais da Comissão Europeia e diz que elas estão em vigor na Concertação Social.
O fundador Luís Fazenda subiu ao palco da XI Convenção do Bloco de Esquerda, que decorre este sábado em Lisboa, para fazer a demarcação do partido em relação às orientações neo-liberais da Comissão Europeia e do Eurogrupo e responder a António Costa directamente. Lembrando que o primeiro-ministro disse que os bloquistas eram “bons para ser amigos, mas não para casar”, Fazenda garantiu: “Para nós, não faz sentido casar com o Eurogrupo.”
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O fundador Luís Fazenda subiu ao palco da XI Convenção do Bloco de Esquerda, que decorre este sábado em Lisboa, para fazer a demarcação do partido em relação às orientações neo-liberais da Comissão Europeia e do Eurogrupo e responder a António Costa directamente. Lembrando que o primeiro-ministro disse que os bloquistas eram “bons para ser amigos, mas não para casar”, Fazenda garantiu: “Para nós, não faz sentido casar com o Eurogrupo.”
Antes, Fazenda repetiu que os bloquistas estão “insatisfeitos com as grilhetas do Tratado Orçamental” e fez questão de frisar que “a Comissão Europeia e o Eurogrupo têm um programa político”, que chamam de “reformas estruturais”. O fundador do Bloco passou então a explicar que essas reformas são as privatizações, a precariedade, a redução dos custos do trabalho.
Advertindo que “esse programa é inaceitável” para o BE, Luís Fazenda garantiu que esses critérios da política da Comissão Europeia e do Eurogrupo provocam um “desequilíbrio social” e estão “em vigor” em Portugal, já que “a Concertação Social cumpre os critérios da Comissão Europeia e do Eurogrupo”.
Também na convenção, a bloquista Joana Mortágua criticou: "O PS disse ao país que era possível virar a página da austeridade e cumprir as metas do tratado orçamental, mas é precisamente essa promessa que é hoje o colete-de-forças da geringonça. Depois do que conseguimos, o PS travou sempre que quisemos ir mais longe. [O] investimento público é o limite da geringonça e não é por uma questão de sustentabilidade das contas públicas, é por uma questão de sustentabilidade da campanha de Mário Centeno.”