Jornalista do PÚBLICO distinguida com medalha de ouro atribuída pela Assembleia da República

O trabalho de Joana Gorjão Henriques, sobre racismo e discriminação, recebeu a medalha de ouro comemorativa do 50.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem da Assembleia da República.

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Daniel Rocha

A jornalista do PÚBLICO Joana Gorjão Henriques foi uma das distinguidas com a medalha de ouro comemorativa do 50.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem da Assembleia da República pelas reportagens “sobre o tema do racismo e da discriminação” e, em particular, pela série Racismo à Portuguesa.

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A jornalista do PÚBLICO Joana Gorjão Henriques foi uma das distinguidas com a medalha de ouro comemorativa do 50.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem da Assembleia da República pelas reportagens “sobre o tema do racismo e da discriminação” e, em particular, pela série Racismo à Portuguesa.

Em seis reportagens, lançadas em 2017, Joana Gorjão Henriques repassou as áreas em que a discriminação racial mais se faz sentir — da habitação ao emprego e educação. É um complemento à série Racismo em Português, publicada em 2016, com reportagens sobre o colonialismo em África.

Nesta série, analisaram-se estatísticas e recolheram-se testemunhos dos especialistas e de quem se sente vítima do racismo institucionalizado. Ao todo, Joana Gorjão Henriques falou com mais de 50 pessoas, de todos os estratos sociais.

Para a jornalista, é “obviamente uma grande honra receber este prémio”, mas “o mais importante é que deixa um sinal muito claro da Assembleia da República: estabelece o compromisso de ficar ao lado de todas as pessoas que são vítimas de racismo e de discriminação e que dão a cara pelo seu combate, arriscando muitas vezes a sua carreira, a sua vida.”

“Só posso esperar que daqui saiam, assim, políticas públicas para combater de frente este grave problema da sociedade portuguesa e o empenho dos deputados em levá-las adiante de forma estrutural”, completa. “Aliás, o facto de partilhar esta medalha com organizações como Letras Nómadas e Orquestra Geração, uma honra, reforça esse compromisso.”

Também a Associação Letras Nómadas, dedicada à investigação da história das comunidades ciganas e à sua inclusão escolar e aumento da empregabilidade, e a Orquestra Geração, vocacionada para a diminuição do abandono escolar em bairros desfavorecidos foram distinguidas com a mesma medalha.

A vencedora desta edição do Prémio Direitos Humanos foi a Obra Vicentina de Auxílio aos Reclusos pelo trabalho junto da população reclusa, contribuindo para a “humanização do sistema prisional”, lê-se no comunicado da Assembleia da República.

A atribuição desta distinção teve o aval do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues. A cerimónia de atribuição dos prémios decorre a 10 de Dezembro.