Venda da antiga Feira Popular adiada por duas semanas
Hasta pública estava prevista para a próxima semana. Fernando Medina já respondeu às dúvidas do Ministério Público.
O presidente da câmara de Lisboa decidiu adiar a hasta pública de venda dos terrenos da antiga Feira Popular, que estava marcada para a próxima segunda-feira. Perante as dúvidas levantadas pelo Ministério Público à operação urbanística em que esta venda se insere, Fernando Medina optou por marcar a venda dos lotes para 23 de Novembro, daqui a duas semanas.
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O presidente da câmara de Lisboa decidiu adiar a hasta pública de venda dos terrenos da antiga Feira Popular, que estava marcada para a próxima segunda-feira. Perante as dúvidas levantadas pelo Ministério Público à operação urbanística em que esta venda se insere, Fernando Medina optou por marcar a venda dos lotes para 23 de Novembro, daqui a duas semanas.
Em conferência de imprensa esta sexta-feira ao fim da manhã, o autarca justificou a decisão com a necessidade de "transparência" para com os potenciais investidores, que assim podem "avaliar com calma" tanto as dúvidas da procuradoria como as respostas do município, que seguiram ainda na quinta-feira ao fim da tarde e foram fornecidas aos jornalistas.
"Esta prorrogação de prazo tem também o objectivo de permitir ao Ministério Público ter o tempo adequado para analisar este tema denso e complexo", afirmou Medina. Na carta que enviou ao autarca, a procuradora da República junto do Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS) admitia que apenas tinha feito uma "análise perfunctória" (isto é, pouco aprofundada) ao assunto. "Que o ruído que se colocou nos últimos dias seja cabalmente esclarecido", afirmou o presidente da câmara.
O prazo-limite para a entrega de propostas era esta sexta-feira e a abertura das mesmas estava prevista para segunda, dia 12, às 10h. Com este adiamento, a câmara aceita propostas até dia 22, às 17h, e abre os envelopes no dia seguinte, pelas 10h.
Fernando Medina garantiu que, até ao momento, "mais de uma dezena de entidades" manifestaram interesse nos terrenos e colocaram "centenas de perguntas". Pelo que, acredita o autarca, a hasta pública vai correr bem -- ao contrário do que aconteceu com as duas realizadas em 2015.
"Tenho uma confiança muito grande no trabalho técnico e jurídico que a câmara realizou para chegarmos a este ponto", disse ainda o autarca, mostrando-se tranquilo quanto ao esclarecimento "cabal" das dúvidas do Ministério Público.