Silvano assina presença, mas não assiste a reunião da Comissão da Transparência
Deputado do PSD esteve na sala antes do arranque dos trabalhos e voltou a sair, mas assinou a folha de presença.
O secretário-geral e deputado do PSD, José Silvano, assinou esta quarta-feira à tarde a folha de presença na reunião da Comissão da Transparência a que pertence como coordenador social-democrata, mas saiu da sala ainda antes do início da reunião. E não regressou.
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O secretário-geral e deputado do PSD, José Silvano, assinou esta quarta-feira à tarde a folha de presença na reunião da Comissão da Transparência a que pertence como coordenador social-democrata, mas saiu da sala ainda antes do início da reunião. E não regressou.
Na reunião que durou cerca de duas horas, os deputados estiveram a discutir a criação de códigos de conduta para deputados e altos cargos políticos e públicos. Pelo PSD foi o deputado Álvaro Baptista quem interveio.
Ainda antes de a reunião começar, José Silvano esteve na sala da comissão, junto à mesa onde se assina a folha de presenças (que não é por via electrónica como no plenário), a conversar com deputados do seu partido. E depois saiu pouco antes de o também social-democrata Luís Marques Guedes (que preside a esta comissão) dar início aos trabalhos.
Interpelado pela agência Lusa junto à sala do grupo parlamentar do PSD sobre a ausência da reunião da comissão tendo assinado aa folhapresença, José Silvano respondeu que esteve a fazer trabalho político e não especificou qual.
Este episódio na Comissão Eventual para o Reforço da Transparência no Exercício de Funções Públicas acontece apenas quatro dias depois de José Silvano ter estado no centro de uma polémica precisamente sobre a declaração de uma presença falsa no Parlamento. No sábado, o Expresso revelou que o deputado faltou a uma reunião plenária da Assembleia da República, apesar de o registo electrónico ter sido de presença. Silvano estava nessa mesma altura numa actividade partidária com Rui Rio em Vila Real.
Os serviços da Assembleia da República concluíram que houve um uso da palavra-passe pessoal do secretário-geral do PSD por outro deputado para fazer o registo informático. Rui Rio considera o caso uma questiúncula.