VW abriu em Lisboa o primeiro centro de software fora da Alemanha
Grupo germânico inaugurou nesta terça-feira o espaço para 300 profissionais a recrutar em Portugal.
Novas empresas procuram investidores, grandes empresas fazem anúncios. A Web Summit, em Lisboa, é assim e da Alemanha chegaram duas notícias positivas para Portugal. O grupo Volkswagen (VW) abriu nesta terça-feira o Centro de Desenvolvimento de Software (CDS), em Lisboa, o primeiro do fabricante fora do território germânico. Vai empregar 300 pessoas, como já tinha sido noticiado em Abril, que vão trabalhar num antigo palacete da Rua do Sol ao Rato.
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Novas empresas procuram investidores, grandes empresas fazem anúncios. A Web Summit, em Lisboa, é assim e da Alemanha chegaram duas notícias positivas para Portugal. O grupo Volkswagen (VW) abriu nesta terça-feira o Centro de Desenvolvimento de Software (CDS), em Lisboa, o primeiro do fabricante fora do território germânico. Vai empregar 300 pessoas, como já tinha sido noticiado em Abril, que vão trabalhar num antigo palacete da Rua do Sol ao Rato.
“Os centros de desenvolvimento de software são especiais no actual panorama tecnológico”, afirma a empresa, que aproveitou a presença de Martin Hofman em Lisboa, como orador da Web Summit, para abrir este centro, onde serão desenvolvidas soluções tecnológicas para uso interno e com os clientes.
“Estes centros da VW combinam metodologias de programação extremamente ágeis, para responder a objectivos em constante mudança, com uma atmosfera típica de uma startup”, descreve a administração da VW.
Sobre a escolha da capital portuguesa como primeira localização fora da Alemanha o grupo afirma que “a região metropolitana de Lisboa mostra uma grande afinidade com os temas do digital, tem uma rede forte de empresas tecnológicas e startups e um forte ambiente académico de elevado desempenho com diplomados altamente qualificados”.
Este último recurso foi decisivo para a escolha, porque as 300 pessoas que estarão a trabalhar naquele palacete lisboeta até ao final de 2020 têm de ser dessa estirpe: especialistas nas áreas de engenharia de software, experience design, programação Java e frontend development e UX/UI design.
São “elementos estratégicos” na transformação digital das actividades do fabricante, refere Martin Hofmann, destacando a aposta na descentralização e a mais-valia que Lisboa representava. “Para recrutar as melhores pessoas, temos de ir onde estão as melhores pessoas.”
Já a segunda notícia positiva com origem na Alemanha envolve a Siemens: a empresa vai anunciar na quarta-feira um investimento na área da digitalização que vai fazer crescer o número de trabalhadores em Alfragide (Amadora).
Quanto à VW, o investimento – cujo montante a empresa não quis revelar – tem outro parceiro da indústria automóvel, a MAN Truck & Bus, fabricante de veículos comerciais, pesados de mercadorias e de passageiros. É uma subsidiária do grupo de Wolfsburgo (por via da MAN SE, controlada pela VW), com quartel-general em Munique e que, neste caso, une esforços com a casa-mãe para criar o Volkswagen Digital Solutions de Lisboa.
“Estamos a afastar-nos gradualmente da imagem de um fabricante de veículos comerciais focado em equipamentos e a passar para fornecedor de soluções de transporte sustentáveis e inteligentes. O novo centro em Lisboa proporcionará um impulso considerável neste sentido”, disse, por seu lado, o estratego digital da MAN, Stephan Fingerling, quando foi anunciada a opção pela capital portuguesa.
A VW é o segundo fabricante de carros da Alemanha a escolher Portugal como sede de centros de competências importantes. Em Junho, a BMW tinha anunciado a criação de uma nova empresa em regime de joint-venture com a Critical Software, de Coimbra, para ajudar a “construir o carro do futuro”. A sede dessa nova empresa, a Critical TechWorks, ficou no Porto, com dois centros de engenharia no país, um no Porto e outro em Lisboa.