Universidade do Porto vai começar a pedalar com as U-Bike
U-Bike Portugal é um projecto que abrange 15 instituições de ensino superior e chegou agora à Universidade do Porto com mais de 250 bicicletas.
O projecto U-Bike Portugal quer pôr a Universidade do Porto (UP) a dar ao pedal e tem 265 bicicletas — convencionais e eléctricas — para espalhar pela comunidade académica até ao final de 2018. As primeiras 13 bicicletas convencionais já foram atribuídas desde o início de Outubro e até ao fim de Novembro a iniciativa quer ter mais 120 a pedalar.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O projecto U-Bike Portugal quer pôr a Universidade do Porto (UP) a dar ao pedal e tem 265 bicicletas — convencionais e eléctricas — para espalhar pela comunidade académica até ao final de 2018. As primeiras 13 bicicletas convencionais já foram atribuídas desde o início de Outubro e até ao fim de Novembro a iniciativa quer ter mais 120 a pedalar.
“Um dos principais objectivos é a redução de gases poluentes e da própria pegada ecológica de cada um”, notou José Miguel Moreira, elemento do Centro de Desporto da Universidade do Porto (CDUP-UP) responsável pela coordenação do projecto na instituição. Trocar o carro pela bicicleta é a chave do projecto, que alia a prática do exercício físico à sustentabilidade do planeta.
Com implementação efectiva prevista para o início do ano-lectivo 2017/2018, só em Outubro de 2018 é que a UP começou a distribuir as primeiras bicicletas devido a atrasos no concurso público. José Miguel Moreira sublinhou ao PÚBLICO acreditar que a iniciativa venha a ter um impacto positivo no ecossistema da cidade,tendo em conta que já foram recebidas 230 inscrições apesar das “adversidades” enfrentadas.
De acordo com o responsável, e de um “ponto de vista muito pessoal” ,a cidade do Porto ainda é pouco “ciclável”. “Falta investimento e infra-estruturas, existem poucas ciclovias e as que existem são pouco seguras”, notou José Miguel Moreira. A iniciativa serve, por isso, para sensibilizar, diz, os cidadãos de que a realidade — de utilização constante do automóvel — está a ser alterada.
A atribuição da U-Bike é gratuita e está sujeita a um processo de candidatura. Os seleccionados podem ficar com a bicicleta durante um período de seis, nove ou 12 meses e terão que perfazer uma média de sete quilómetros pedalados por dia. Os quilómetros são contabilizados por uma plataforma para o efeito que vai, igualmente, permitir a segurança tanto do equipamento como do seu utilizador.
A iniciativa é oficialmente lançada no dia 9 de Novembro, na presença do ministro do Ambiente.
A U-Bike em Portugal
O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) foi a primeira entidade, num total de 15 instituições de ensino superior a nível nacional, a apresentar a iniciativa através do projecto IPBike, parte integrante do U-Bike Portugal. Foram distribuídas naquela instituição 100 bicicletas eléctricas. Segundo dados da plataforma online do IPBike já foram pedalados mais de quatro mil quilómetros, o que perfaz perto de 40 mil emissões de dióxido de carbono a menos na atmosfera e muitas calorias perdidas.
Entre as diferentes instituições de ensino superior que começaram a pedalar estão: institutos politécnicos de Bragança, Beja, Viana do Castelo, Cávado e Ave, Porto, Leiria e Beja, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Universidade de Aveiro, Universidade da Beira Interior, Instituto Superior Técnico e Universidade de Évora.
Com início em Setembro de 2016, o projecto U.Bike deverá pôr em circulação mais de três mil bicicletas — 2 096 eléctricas e 1 138 convencionais — por todo o país.
Com início em Setembro de 2016, no total, o projecto U.Bike deverá pôr em circulação mais de três mil bicicletas – 2 096 eléctricas e 1 138 convencionais – por todo o país. A iniciativa insere-se no Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR), Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo de Coesão.
Texto editado por Ana Fernandes