Khashoggi foi estrangulado logo após ter entrado no consulado da Arábia Saudita

A procuradoria de Istambul faz pela primeira vez uma confirmação pública quanto ao assassínio do jornalista saudita Jamal Khashoggi.

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LUSA/ERDEM SAHIN

O jornalista saudita Jamal Khashoggi foi estrangulado logo após ter entrado no consulado da Arábia Saudita em Istambul e o seu corpo foi depois desmembrado, adiantou esta quarta-feira a procuradoria de Istambul, sublinhando o carácter premeditado do assassínio.

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O jornalista saudita Jamal Khashoggi foi estrangulado logo após ter entrado no consulado da Arábia Saudita em Istambul e o seu corpo foi depois desmembrado, adiantou esta quarta-feira a procuradoria de Istambul, sublinhando o carácter premeditado do assassínio.

Num comunicado, o gabinete do procurador Irfan Fidan refere igualmente que a visita a Istambul do procurador-geral saudita, Saud al-Mojeb, no âmbito do inquérito “não deu resultados concretos”.

Saud al-Mojeb terminou esta quarta-feira uma visita de três dias a Istambul durante a qual visitou o consulado do seu país e se reuniu com Irfan Fidan e outros responsáveis turcos.

Esta é a primeira confirmação pública feita por um responsável turco de que Khashoggi foi estrangulado e desmembrado depois de ter entrado no consulado saudita no dia 2 de Outubro para obter documentos de que precisava para se casar com a sua noiva, uma cidadã turca.

A Turquia quer que os 18 suspeitos do assassínio detidos na Arábia Saudita sejam extraditados para os julgar. Tem também pressionado Riad para divulgar informação sobre o local onde se encontra o corpo do jornalista crítico do regime saudita e cuja morte ordenou.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu ainda a Riad para revelar a identidade de um alegado colaborador local que terá estado envolvido na eliminação do corpo de Khashoggi.

O jornalista e colunista do jornal norte-americano The Washington Post, de 59 anos, desapareceu depois de ter entrado no referido consulado no início de Outubro. Crítico da família real saudita, Khashoggi vivia exilado nos Estados Unidos.

Sob pressão internacional, Riad reconheceu após vários dias o assassínio do jornalista no seu consulado numa operação “não autorizada”, mas apresentou várias versões contraditórias que suscitaram cepticismo.