Técnicos de diagnóstico e terapêutica estão hoje em greve

Hospitais podem ser afectados nos blocos operatórios, diagnósticos diferenciados, planos terapêuticos e distribuição de medicamentos. Há serviços mínimos nos tratamentos de quimioterapia e radioterapia e situações de urgência.

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A greve desta segunda-feira é a quarta do ano Fabio Augusto

Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram às 00h00 desta segunda-feira uma greve de 24 horas para exigir a revisão da carreira e vão realizar uma manifestação em frente ao Parlamento, onde são esperados milhares de trabalhadores, segundo os sindicatos.

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Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram às 00h00 desta segunda-feira uma greve de 24 horas para exigir a revisão da carreira e vão realizar uma manifestação em frente ao Parlamento, onde são esperados milhares de trabalhadores, segundo os sindicatos.

A greve, a quarta este ano, visa protestar contra as "últimas propostas apresentadas pelo Governo, que não vão ao encontro da reivindicação deste grupo profissional, relativamente à regulamentação da carreira", disse à agência Lusa o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, Luís Dupont.

De acordo com os sindicatos, a paralisação irá afectar praticamente todos os serviços de saúde, com "especial incidência" nos blocos operatórios, altas e internamentos hospitalares, diagnósticos diferenciados, planos terapêuticos em curso e distribuição de medicamentos.

A greve prevê o cumprimento de serviços mínimos, abrangendo tratamentos de quimioterapia e radioterapia e situações de urgência.

Tal como aconteceu nas greves nacionais anteriores, realizadas em Maio, Junho e Julho, os sindicatos esperam "uma forte adesão e uma forte participação dos trabalhadores" à paralisação, bem como à manifestação que está agendada para as 14h no Marquês Pombal, em Lisboa, de onde seguirão para a Assembleia da República, disse Luís Dupont.

Para o dirigente sindical, a manifestação "tem condições para superar a última manifestação realizada a 24 de Maio em frente ao Parlamento e que foi uma das maiores alguma vez realizada por este grupo profissional".

Progressões e salários

A greve é convocada pelo Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, pelo Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, pelo Sindicato dos Fisioterapeutas Portugueses e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com fins públicos.

Os sindicatos protestam contra "a intenção do Governo de encerrar o processo negocial da revisão da carreira" sem acordo com as associações sindicais e exigem uma tabela salarial que respeite as suas habilitações profissionais e a sua aplicação a 1 de Janeiro de 2018.

Reclamam ainda ao Governo que aceite as regras de transição para a nova carreira, "o correcto descongelamento das progressões" e o "fim de todas as bolsas de horas ilegalmente constituídas, sem o acordo escrito do trabalhador, com o pagamento integral como trabalho extraordinário".

Os técnicos de diagnóstico e terapêutica são constituídos por 19 profissões e abrangem áreas como as análises clínicas, a radiologia, a fisioterapia, num total de cerca de 10 mil profissionais que trabalham nos serviços públicos de saúde.