Moçambique arquiva caso de desaparecimento de empresário português
Américo Sebastião está desaparecido desde 2016.
A Procuradoria Provincial da República em Sofala, centro de Moçambique, anunciou esta sexta-feira o arquivamento das investigações ao desaparecimento, em 2016, do empresário português Américo Sebastião por não terem sido encontrados elementos para o esclarecimento do caso.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Procuradoria Provincial da República em Sofala, centro de Moçambique, anunciou esta sexta-feira o arquivamento das investigações ao desaparecimento, em 2016, do empresário português Américo Sebastião por não terem sido encontrados elementos para o esclarecimento do caso.
"Infelizmente, até hoje não temos pista de quem possam ser os autores" por detrás do desaparecimento, disse a procuradora-chefe da República em Sofala, Carolina Azarias, falando em conferência de imprensa na Beira, capital de Sofala.
Os investigadores analisaram os movimentos bancários efectuados através dos cartões de Américo Sebastião e as chamadas e mensagens de telefone cedidas pelas operadoras telefónicas, acrescentou.
Carolina Azarias adiantou que o magistrado do Ministério Público, responsável pelo processo, decidiu não deduzir deduzir acusação por falta de elementos, tendo remetido o caso para apreciação hierárquica superior, culminando no arquivamento.
No entanto, as autoridades admitem reabrir o caso, caso surjam novos dados.
"O arquivamento não é definitivo, quando surgirem elementos supervenientes, a instrução preparatória será reaberta com vista à responsabilização dos verdadeiros autores do crime", declarou a magistrada-chefe de Sofala.
Relatos de testemunhas indicam que Américo Sebastião foi levado por homens armados numa estação de serviços em Nhamapadza, distrito de Maríngue, em 29 de Julho de 2016.
Segundo a família, os raptores usaram os cartões de débito e crédito para levantarem 4.000 euros, não conseguindo mais porque as contas foram bloqueadas logo que foi constatado o desaparecimento.
A família pediu a intervenção no caso do Governo moçambicano, da presidente da Assembleia da República de Moçambique, Verónica Macamo, e do Provedor de Justiça, Manuel Chang, bem como do Estado português, mas até ao momento ainda não há esclarecimento.