Tancos: Azeredo manifesta “disponibilidade” e “interesse” em ser ouvido no DCIAP

O PÚBLICO noticiou que o ex-chefe de gabinete do antigo ministro da Defesa disse, em interrogatório, ter informado Azeredo Lopes do memorando sobre Tancos.

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LUSA/MÁRIO CRUZ

O ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes manifestou esta quinta-feira ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal [DCIAP] "total e completa disponibilidade e interesse" em ser ouvido sobre o caso de Tancos, disse o próprio à agência Lusa.

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O ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes manifestou esta quinta-feira ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal [DCIAP] "total e completa disponibilidade e interesse" em ser ouvido sobre o caso de Tancos, disse o próprio à agência Lusa.

"Face às notícias de hoje sobre o chamado 'caso de Tancos', contactei o DCIAP, tendo manifestado, com respeito pleno pela autonomia decisória da PGR [Procuradoria-Geral da República], a minha total e completa disponibilidade e interesse em ser ouvido pela investigação deste caso", disse José Azeredo Lopes, numa declaração enviada à Lusa.

Na mesma declaração, o ex-ministro acrescentou que reitera tudo o que afirmou "até à data" sobre aquele caso.

Em resposta ao PÚBLICO, a PGR confirmou entretanto que Azeredo Lopes manifestou junto do DCIAP "a disponibilidade e interesse em ser ouvido no âmbito do processo".

"O Ministério Público, no âmbito de qualquer inquérito e das suas competências, fará todas as diligências que considerar necessárias à descoberta da verdade", acrescenta a PGR.

O PÚBLICO noticiou nesta quinta-feira que o ex-chefe de gabinete do antigo ministro da Defesa, o tenente-general Martins Pereira, disse na quarta-feira, no interrogatório a que foi submetido, ter informado Azeredo Lopes do memorando sobre Tancos que lhe foi entregue, há menos de um ano, pelo então director da Polícia Judiciária Militar, coronel Luís Vieira.

Martins Pereira foi inquirido pelo Ministério Público na qualidade de testemunha, não tendo sido constituído arguido. Na sua versão dos factos, assim que recebeu o memorando sobre a operação encenada passou imediatamente a informação ao governante, a quem ligou pela rede WhatsApp, cujos telefonemas e mensagens são encriptados. Colocou agora o seu telemóvel à disposição dos investigadores para perícia, por forma a que seja comprovado aquilo que alega.