Portugueses são os europeus que mais confiam nas vacinas
O relatório "O estado da confiança nas vacinas 2018" alerta para o aumento do sarampo
A desconfiança está a alastrar no espaço comunitário. Nenhum país da União Europeia confia tanto na segurança e na eficácia das vacinas como Portugal.
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A desconfiança está a alastrar no espaço comunitário. Nenhum país da União Europeia confia tanto na segurança e na eficácia das vacinas como Portugal.
A vacina contra o sarampo, combinada com as vacinas contra rubéola e parotidite epidémica, tem estado em foco. Entre 2010 e 2017, a cobertura vacinal do sarampo diminuiu em 12 dos 28 estados-membros.
O relatório "O estado da confiança nas vacinas 2018", publicado nesta quarta-feira pela Direcção-Geral de Saúde e Segurança Alimentar da União Europeia, chama a atenção para o facto de os mais recentes surtos de sarampo terem sido “os mais elevados em sete anos”. Só entre Setembro de 2017 e Setembro de 2018 foram reportados mais de 13 mil casos de sarampo na Europa. Para os autores do relatório, é evidente que este é "o impacto imediato do declínio da cobertura" da vacina contra o sarampo combinada com as vacinas contra rubéola e parotidite epidémica.
Quase 80% dos cidadãos da União Europeia acreditam que esta vacina é segura. O grau de confiança atinge os valores mais baixos na Suécia, na Bulgária e na Letónia, com menos de 70%. E o mais alto em Portugal, onde alcança os 96%.
A confiança nas vacinas em geral tem estado a baixar nos últimops anos. Recuando a 2015, verifica-se que a França, a Grécia, a Itália e a Eslovénia se tornaram mais confiantes e que a República Checa, a Finlândia, a Polónia e a Suécia se tornaram menos.
Nos 28 estados membros da UE, a percepção do público em relação às vacinas é, globalmente, positiva, com a maioria dos cidadãos a acharem que as vacinas são importantes (90,0%), seguras (82,8%), efectivas (87,8%) e compatíveis com as suas crenças religiosas (78,5%). E Portugal tem a maior percentagem de pessoas que entendem que as vacinas são seguras (95,1%), eficazes (96,6%) e importante para as crianças (98,0%).
Este estudo tem por base inquéritos feitos nos 28 países ao longo do mês de Maio. Por telefone e ou pela Internet, foram entrevistadas cerca de 29 mil pessoas, o que corresponde a uma amostra representativa.