Peseiro: "Indeciso nas contratações? Decidi bem, com convicção e sem dúvidas"
Técnico do Sporting comenta declarações de Sousa Cintra sobre a construção do plantel, garante Mathieu para defrontar o Arsenal e diz que Bas Dost ainda não está pronto para jogar.
Por tudo o que se sabe, a preparação do Sporting para a nova época foi tudo menos normal. A gestão do futebol ficou entregue a Sousa Cintra, que escolheu José Peseiro para treinador e ambos trabalharam em conjunto na formação do plantel. Numa entrevista recente, o antigo presidente dos "leões" disse que Peseiro foi indeciso na escolha dos jogadores que queria, mas o treinador ribatejano garante que todas as suas decisões foram tomadas com convicção.
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Por tudo o que se sabe, a preparação do Sporting para a nova época foi tudo menos normal. A gestão do futebol ficou entregue a Sousa Cintra, que escolheu José Peseiro para treinador e ambos trabalharam em conjunto na formação do plantel. Numa entrevista recente, o antigo presidente dos "leões" disse que Peseiro foi indeciso na escolha dos jogadores que queria, mas o treinador ribatejano garante que todas as suas decisões foram tomadas com convicção.
"Tivemos desde o início a convicção do que queríamos, de que só iriamos buscar jogadores que fossem mais-valias, e não em quantidade como era antes. Quando decidi, decidi bem. Até agora tenho a certeza de que decidimos bem, com convicção e sem dúvidas", garantiu nesta quarta-feira o técnico "leonino" na conferência de imprensa que serviu para antecipar o jogo de quinta-feira com o Arsenal, em Alvalade, a contar para a terceira jornada da fase de grupos da Liga Europa.
Para defrontar os "gunners", Peseiro diz que Jeremy Mathieu já está apto para jogar, o mesmo não sucedendo ainda com Bas Dost, que já voltou a treinar com a equipa. "O Bas Dost é muito cedo. Fez o aquecimento inicial para estar com a equipa, mas tem de recuperar a forma. Clinicamente está curado, mas não vamos precipitar as coisas", frisou Peseiro sobre o goleador holandês.
Pela frente, o Sporting terá um dos "grandes" do futebol inglês, que está num grande momento, somando dez vitórias consecutivas. Peseiro não acredita que Ozil, uma das "estrelas" dos londrinos, vá ser titular em Alvalade, mas espera um Arsenal com vontade de ter a bola, assumindo a ambição sportinguista de querer repartir o jogo sem correr demasiados riscos.
"O bom momento do Arsenal não nos tira a ambição de querer ganhar. Temos de ser assertivos em termos defensivos, empenhados e coesos, e jogar em transição, mas também temos de ter iniciativa, porque temos qualidade para isso. Queremos entrar fortes, temos na nossa cabeça o que vai ser o nosso jogo e estamos preparados para tudo o que pode acontecer. Queremos enfrentar o Arsenal olhos nos olhos, não com uma estratégia de ego do treinador, mas de realidade do que é a nossa equipa e do que podemos fazer para enfrentar o Arsenal", reforçou o treinador.
No último fim-de-semana, o Sporting venceu o Loures para a Taça de Portugal, mas foi um triunfo conseguido sem grande brilho, gerando algum descontentamento nos adeptos. Peseiro diz que espera o apoio incondicional dos adeptos em Alvalade, reconhece a desinspiração no jogo em Alverca e contrapõe com os números sportinguistas nesta época: "Em 11 jogos, ganhámos oito, empatámos um e perdemos dois, uma derrota imerecida em Braga e outra merecida em Portimão. Não haverá muitas que tenham melhor que nós. Queremos jogar melhor, sabemos que teremos de jogar melhor do que com o Loures, mas sabemos o que estamos a fazer e o que temos de fazer."
Perante a curiosidade dos jornalistas britânicos presentes, Peseiro aproveitou ainda para recordar o momento em que lhe pediram para assumir "um desafio importante e fantástico". "Podia ser um risco para muita gente. Os jogadores têm dado um sinal de aglutinação e esse sinal tem de vir de nós", referiu, recordando algumas das barreiras que teve de ultrapassar neste seu regresso ao Sporting.
"Foi um trabalho diário, com muita conversa individual e colectiva, ouvindo o que preocupava os jogadores. Não foram momentos fáceis. Foi duro. Os jogadores que regressaram tinham dúvidas de como iriam ser recebidos, depois de passarem por algo que nunca pensariam passar. Tentámos fazê-lo e acho que conseguimos. Temos menos recursos que Benfica e FC Porto, mas temos uma equipa capaz para disputar os títulos em Portugal e que tem dado tudo", referiu.