Interrogatórios no caso que envolve Turismo do Norte ainda continuam

Empresário de Viseu foi ouvido esta segunda-feira. Ao fim da tarde começou a ser interrogada outra empresária, mulher do presidente da câmara de Santo Tirso.

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Melchior Moreira é um dos cinco arguidos que está detido desde quinta-feira passada. ESTELA SILVA

O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto continuou esta segunda-feira os interrogatórios no processo que envolve o presidente do Turismo do Porto e Norte, Melchior Moreira, um dos cinco detidos que estarão envolvidos num esquema de viciação fraudulenta das regras da contratação pública. O empresário de Viseu, José Agostinho, esteve a depor desde meio da manhã até por volta das 17h, como confirmou o seu advogado, Filipe Santos Marques, ao PÚBLICO.

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O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto continuou esta segunda-feira os interrogatórios no processo que envolve o presidente do Turismo do Porto e Norte, Melchior Moreira, um dos cinco detidos que estarão envolvidos num esquema de viciação fraudulenta das regras da contratação pública. O empresário de Viseu, José Agostinho, esteve a depor desde meio da manhã até por volta das 17h, como confirmou o seu advogado, Filipe Santos Marques, ao PÚBLICO.

De seguida estava prevista a audição da empresária Manuela Couto, administradora da W Global Communication (antiga Mediana) e mulher do presidente da câmara de Santo Tirso. O interrogatório da última arguida detida na passada quinta-feira no âmbito da Operação Éter não deverá ficar concluído esta segunda-feira, devendo ser retomado terça-feira de manhã.

Os advogados dos vários arguidos serão depois chamados ao tribunal para conhecerem as medidas de coacção que o Ministério Público vai pedir e se pronunciarem sobre o que foi solicitado. Só depois a juíza de instrução decidirá as medidas a aplicar, o que poderá acontecer já esta terça-feira ou só na quarta.

O principal foco da investigação está relacionado com a forma como foram contratadas as lojas interactivas da região de turismo, que abrange 86 municípios numa vasta área territorial entre a fronteira com Espanha e o distrito de Coimbra. Muitas destas lojas foram montadas por José Agostinho, através de ajustes directos feitos a uma firma sua, a Tomi World, que conseguiu estabelecer um autêntico monopólio neste nicho de mercado.

Neste inquérito, investigam-se práticas de corrupção, tráfico de influências, participação económica em negócio e falsificação de documento.