Câmara do Porto comprou dez obras de arte com 100 mil euros
Iniciativa faz parte do projecto "Aquisições", do Programa Pláka, apresentado no ano passado e que pretendia apoiar artistas contemporâneos.
A Câmara do Porto adquiriu ou está “em processo” de adquirir dez obras de arte contemporânea, no âmbito do Aquisições, um dos braços do programa Pláka, de apoio à prática artística contemporânea. O orçamento de 100 mil euros, anunciado em Abril do ano passado, foi totalmente esgotado na aquisição das obras. Para o ano fica a promessa de mais aquisições.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Câmara do Porto adquiriu ou está “em processo” de adquirir dez obras de arte contemporânea, no âmbito do Aquisições, um dos braços do programa Pláka, de apoio à prática artística contemporânea. O orçamento de 100 mil euros, anunciado em Abril do ano passado, foi totalmente esgotado na aquisição das obras. Para o ano fica a promessa de mais aquisições.
Aquando da apresentação do Pláka, o presidente da câmara, Rui Moreira, explicou que a autarquia queria expandir a colecção municipal, dotando-a de obras de arte contemporânea – uma das menos representadas no espólio actual, já que das cerca de 1500 obras, apenas 30 correspondiam a trabalhos de artistas contemporâneos.
As primeiras dez peças a alargar essa vertente da colecção municipal foram escolhidas, tal como estava previsto, entre os trabalhos expostos em galerias da cidade e após sugestão de compra pelo painel de cinco especialistas que integrou a primeira comissão do Aquisições. Foi, por isso, por indicação de Francisco Laranjo, Gabriela Vaz-Pinheiro, João Magalhães, Luís Pinto Nunes e Pedro Álvares Ribeiro, que a câmara comprou as obras que irão agora integrar a sua colecção, estando ainda por definir onde e quando serão expostas – até porque algumas, segundo afirma a assessoria de imprensa do pelouro da Cultura da autarquia, ainda se encontram em exibição em diversas galerias.
As dez novas obras da Câmara do Porto, cuja compra põe fim a um interregno de quinze anos, na aquisição de novas peças de arte, são da autoria de Ana Santos, Francisco Tropa, Paulo Nozolino (Galeria Quadrado Azul); André Cepeda, Eduardo Batarda (Galeria Pedro Oliveira); Emmanuel Nassar, Fernanda Fragateiro (Galeria Kubik); João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira (Galeria Presença); e Pires Vieira (Galeria João Lagoa).
Os quadros e peças de arte foram adquiridos ao longo de um ano, entre Setembro de 2017 e Setembro de 2018, e, de acordo com o gabinete de imprensa da autarquia, deverá ser agora constituído um novo comité de especialistas para que o projecto seja retomado em Janeiro.
Até agora, as obras de arte contemporânea que integravam a colecção municipal tinham chegado à câmara através do legado da Fundação Eugénio de Andrade. A última aquisição por parte da autarquia fora de um quadro de António Carneiro, em 2003. Em Abril, quando anunciou a intenção de alargar o espólio municipal, Rui Moreira argumentara que a colecção, tal como estava, não era “um projecto vivo”. “A câmara não desenvolveu trabalho em torno dos seus artistas e queremos agora uma reactivação dessa colecção”, disse, na altura, o autarca.