PSP abre inquérito à divulgação de fotos da detenção de fugitivos

Nas fotografias, divulgadas por vários órgãos de comunicação social, é possível ver os três homens algemados, sentados no chão.

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bruno lisita

A PSP vai instaurar um processo de inquérito sobre a divulgação de fotografias da detenção dos três homens que fugiram do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, disse fonte policial.

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A PSP vai instaurar um processo de inquérito sobre a divulgação de fotografias da detenção dos três homens que fugiram do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, disse fonte policial.

"O director nacional da PSP mandou instaurar um processo de inquérito para averiguar a divulgação das fotografias, que será efectuado pela Inspecção Nacional da PSP", disse à agência Lusa Alexandre Coimbra, director de relações públicas da PSP.

Os três homens foram detidos nesta sexta-feira, pelas 17h30, num parque de campismo em Gondomar, tendo na sua posse 40 mil euros em notas de 500 euros.

Nas três fotografias, aparentemente tiradas no parque de campismo, que estão a ser divulgadas por vários órgãos de comunicação social, é possível ver os três homens algemados, sentados no chão. Numa das fotos os suspeitos escondem a cara.

Nas fotografias é ainda possível ler a data e hora do momento da detenção.

PSP averigua se houve falhas

Os três homens – dois irmãos gémeos, de 35 anos, mais um cúmplice, de 25, com antecedentes criminais – são suspeitos de dezenas de furtos a idosos no Grande Porto. Fugiram do TIC na quinta-feira à tarde, depois de um juiz de instrução lhes decretar prisão preventiva. Tinham sido detidos em flagrante delito na terça-feira em Baguim do Monte, no concelho de Gondomar.

Após a fuga, as autoridades policiais desencadearam uma operação de captura, alertando então que os foragidos eram considerados perigosos e estavam "potencialmente" armados.

A PSP já tinha anunciando a abertura de um outro inquérito para apurar "se houve, ou não, falhas" policiais na fuga dos três detidos.

A agência Lusa também contactou a Amnistia Internacional, que indicou que, para já não fará qualquer comentário, sem antes "analisar se realmente houve má conduta por parte das autoridades neste caso".