Alunos de Sintra participam em estudo mundial da OCDE
Três mil estudantes de Sintra vão participar num estudo da OCDE para perceber o que está a ser feito nas escolas e o que é preciso mudar para que possuam as competências necessárias para o seu sucesso.
Os alunos entre os 10 e os 15 anos do município de Sintra foram os escolhidos para representar Portugal num estudo internacional sobre Competências Sociais e Emocionais nas cidades, que deverá estar concluído em 2020. A Organização de Cooperação de Desenvolvimento Económico (OCDE) iniciou no ano lectivo de 2016/2017 um projecto internacional para avaliar as competências sociais e emocionais das crianças e jovens e descobrir o que é que as escolas podem fazer.
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Os alunos entre os 10 e os 15 anos do município de Sintra foram os escolhidos para representar Portugal num estudo internacional sobre Competências Sociais e Emocionais nas cidades, que deverá estar concluído em 2020. A Organização de Cooperação de Desenvolvimento Económico (OCDE) iniciou no ano lectivo de 2016/2017 um projecto internacional para avaliar as competências sociais e emocionais das crianças e jovens e descobrir o que é que as escolas podem fazer.
De acordo com a OCDE, os jovens com mais competências sociais e emocionais têm tendência para ter melhores notas, melhores empregos e salários mais elevados, assim como menos comportamentos violentos ou criminosos.
No mundo tecnológico em que se vive actualmente, "as escolas não podem simplesmente educar para criar uma segunda versão de computadores", afirmou o director do Departamento de Educação e Competências da OCDE, Andreas Schleicher, em Sintra, após a assinatura de um protocolo para a realização do estudo.
O responsável da OCDE lembrou que os professores não se podem limitar a ensinar apenas as matérias que estão nos manuais, porque este conhecimento já está disponível em todo o lado.
"O mundo mudou. Vivemos hoje num mundo virtual em que já não se premeia o conhecimento, porque o Google sabe tudo", afirmou Andreas Schleicher. As mais-valias dos jovens são, precisamente, as suas competências sociais e emocionais: "Não basta ter conhecimento. É preciso saber pensar como um matemático, ou como um cientista ou um historiador", explicou o responsável da OCDE.
O que é que as escolas estão a fazer nesse sentido e o que podem mudar para ajudar os seus alunos são algumas das respostas que o estudo pretende responder.
Para isso, cerca de três mil crianças e jovens de Sintra, assim como os seus encarregados de educação e professores, vão responder a um inquérito que será depois tratado pela OCDE.
A Câmara Municipal de Sintra e a Fundação Calouste Gulbenkian são parceiras neste estudo, tendo investido 293 mil euros, disse o presidente da autarquia, Basílio Horta, que sublinhou o facto de "Sintra ser colocada ao lado de cidades como Roma ou Moscovo".
Otava, no Canadá, Bogotá, na Colômbia, Helsínquia, na Finlândia, ou Suzhou, na China, são outras das cidades participantes, segundo a apresentação feita por Andreas Schleicher.
"É fundamental garantir o bem-estar das crianças e jovens que estão nas nossas escolas", sublinhou o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que esteve também presente na assinatura do protocolo, que aconteceu hoje na Escola Secundária Padre Alberto Neto, em Queluz.