PSD pondera chamar novo ministro da Defesa sobre Tancos

Fernando Negrão quer esclarecer razões da demissão de Rovisco Duarte.

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Fernando Negrão é líder da bancada do PSD

A direcção da bancada do PSD pondera chamar ao Parlamento o novo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, para prestar esclarecimentos sobre a "dissonância" da explicação dada pelo chefe de Estado-Maior do Exército (CEME), Rovisco Duarte, sobre a sua própria demissão. 

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A direcção da bancada do PSD pondera chamar ao Parlamento o novo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, para prestar esclarecimentos sobre a "dissonância" da explicação dada pelo chefe de Estado-Maior do Exército (CEME), Rovisco Duarte, sobre a sua própria demissão. 

Fernando Negrão falava aos jornalistas no Parlamento, no final da reunião da bancada, sobre um dos pontos discutidos pelos deputados no encontro, segundo o social-democrata. 

O líder da bancada do PSD referiu que Rovisco Duarte invocou "razões pessoais" na carta de demissão ao Presidente da República e ao Governo, mas que alegou "circunstâncias políticas aos seus pares". "É um facto da maior gravidade e a resposta do primeiro-ministro é como se o problema não existisse. O problema existe e queremos ir até às últimas consequências", disse Fernando Negrão. 

Questionado sobre se a iniciativa de pedir uma audição do novo ministro não colide com a comissão de inquérito proposta pelo CDS - e que vai ser aprovada na próxima semana - Negrão respondeu negativamente, argumentando que se realizaram audições nas comissões próprias ao mesmo tempo que decorria a comissão de inquérito ao BES e noutros casos.

Entretanto, o presidente da bancada do PS considerou "normal" que o novo ministro da Defesa seja ouvido no Parlamento. "Pela parte do Grupo Parlamentar do PS, está virada uma página e já se está em outra fase do processo", disse Carlos César aos jornalistas após a reunião dos deputados do PS.

Deputados discutem OE

O líder da bancada do PSD confirmou ainda que foi também discutida na reunião da bancada a proposta de Orçamento do Estado para 2019 e que a maioria dos deputados expressou uma "opinião crítica" sobretudo por causa do "crescimento fraco e exíguo" de Portugal. Mas questionado sobre se o PSD vai votar contra, Negrão disse desconhecer a decisão, já que os órgãos nacionais ainda têm de reunir.