Documentário sobre José Duarte em antestreia esta quarta-feira na SPA

Jazzé Duarte, documentário de Jorge Paixão da Costa, tem antestreia esta quarta-feira em Lisboa, no auditório da Sociedade Portuguesa de Autores. Às 18h e com entrada livre.

Foto
José Duarte DULCE FERNANDES

O documentário Jazzé Duarte, com realização do cineasta Jorge Paixão da Costa, é exibido esta quarta-feira em Lisboa, em antestreia, no Auditório Maestro Frederico de Freitas da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), às 18h e com entrada livre. Com 80 anos feitos em Junho passado e há 60 anos consecutivos na linha da frente dos divulgadores do jazz em Portugal, José Duarte (ou Jazzé, como ele se intitula, e daí o título do filme) mantém essa actividade em diversos meios, sobretudo na internet, na rádio e em sessões públicas.

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O documentário Jazzé Duarte, com realização do cineasta Jorge Paixão da Costa, é exibido esta quarta-feira em Lisboa, em antestreia, no Auditório Maestro Frederico de Freitas da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), às 18h e com entrada livre. Com 80 anos feitos em Junho passado e há 60 anos consecutivos na linha da frente dos divulgadores do jazz em Portugal, José Duarte (ou Jazzé, como ele se intitula, e daí o título do filme) mantém essa actividade em diversos meios, sobretudo na internet, na rádio e em sessões públicas.

Nascido em 23 de Junho de 1938, em Lisboa (no Bairro Alto), foi co-fundador do Clube Universitário de Jazz, em 1958, clube criado por sugestão de Raul Calado (1931-2018) como alternativa ao Hot Clube (este fundado em 1948) e que viria a ser fechado pela polícia em 1961. Ainda em 1958, teve na Rádio Universidade o programa O jazz, esse desconhecido. Mais tarde, em 1966, José Duarte criou o programa radiofónico Cinco Minutos de Jazz, que, transmitido pela primeira vez em 21 de Fevereiro de 1966, na Rádio Renascença, permanece o programa de jazz mais antigo da rádio portuguesa, agora transmitido pela Antena 1. Em 2014, recebeu o Prémio Autores da SPA para Melhor Programa de Rádio.

Ainda na rádio, criou ou esteve ligado a outros programas, em nome próprio (A menina dança?, Jazz com brancas, À volta da meia-noite) ou em colaboração com outros autores (como Pão com Manteiga ou Abandajazz). Na RTP2 teve os programas Outras Músicas (1990 a 1993) e Jazz a Preto e Branco (2001).

Com numerosos textos sobre jazz na imprensa (o primeiro no Diário de Lisboa, em 1960), foi o responsável pela gravação do primeiro LP de jazz gravado ao vivo e editado em Portugal com músicos estrangeiros (Estilhaços, de Steve Lacy, registado em Lisboa, em 1972, no antigo Cine-teatro Monumental, no 6º aniversário do Cinco Minutos de Jazz) e é autor dos seguintes livros: João na Terra do Jaze (1981), Jazzé e Outras Músicas (1994), Cinco Minutos de Jazz (2000), História do Jazz (2000), Jazz, Escute e Olhe – Portugal 1971-2001 (2001) e Poezz – jazz na poesia em língua portuguesa (2004). Foi também fundador e director da revista trimensal bilingue O Papel do Jazz (1997-1998).

Homenagem a João Paulo Esteves da Silva

Membro, desde 1975, do International Critics Jazz Poll da revista Down Beat, tem desde 2002 o seu acervo na Universidade de Aveiro, onde lecciona. Das 42 sessões audiovisuais de divulgação do jazz que tem vindo a fazer ou fará ainda, em 2018, em diversos lugares (MUSA, Museu Nacional da Música, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, CCB, Associação José Afonso), tem várias datas marcadas no Centro Cultural de Belém: 23 e 30 de Outubro; e 6, 13, 20 e 27 de Novembro (sempre às 18h). Nesta última, em ligação como programa Cinco Minutos de Jazz, José Duarte anuncia um tributo ao pianista João Paulo Esteves da Silva, designado como “O pianista português jazz”.

No programa Cinco Minutos de Jazz, José Duarte homenageia ainda a associação Porta-Jazz (Porto) e a editora Sintoma Records, “duas empresas portuguesas que já colocaram no mercado cerca de 80 CDS jazz.”