Sindicato dos Enfermeiros Portugueses saúdam aumento de 523 milhões na Saúde
Profissionais consideram que há agora "melhores condições económicas" para a negociação da carreira.
O presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) valorizou o aumento de 523 milhões de euros do orçamento do Ministério da Saúde para 2019, sublinhando que "há agora melhores condições económicas" para a negociação da carreira.
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O presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) valorizou o aumento de 523 milhões de euros do orçamento do Ministério da Saúde para 2019, sublinhando que "há agora melhores condições económicas" para a negociação da carreira.
A verba para a carreira de enfermagem sairá do orçamento do Ministério da Saúde, que acresce em mais 500 milhões de euros em 2019: "Portanto há agora melhores condições económicas, e está tudo em aberto para a negociação da carreira e para chegarmos e um bom resultado se esse for o desejo do Ministério da Saúde", disse esta terça-feira José Carlos Martins numa conferência de imprensa em frente do Hospital São José, em Lisboa, onde fez o balanço da greve dos enfermeiros.
"É um acréscimo que valorizarmos, registamos. Possivelmente continuará a ser insuficiente, a não ser que se tomem medidas a médio e longo prazo com um profundo impacto naquilo que é a promoção e a prevenção da saúde e naquilo que é a resposta à doença crónica e no âmbito dos cuidados paliativos", sublinhou o presidente do SEP.
Estas medidas traduzem-se numa aposta nos "cuidados de continuidade, nos cuidados de proximidade, em casa das pessoas", que "evitariam milhares de euros gastos com o internamento destas pessoas nos hospitais", explicou.
Sobre os profissionais de saúde - o Orçamento de 2019, entregue esta segunda-feira aponta um acréscimo de 9000 desde o início da legislatura -, José Carlos Martins disse que "importa reter que este não é garantidamente o saldo final de efectivos".
"Este são os trabalhadores contratados, falta retirar a estes todos aqueles que saíram", disse, dando como exemplo os enfermeiros, em que "há uma profunda carência" destes profissionais nos cuidados de saúde, sendo necessário admitir mais, defendeu o presidente do SEP.
O Ministério da Saúde terá no próximo ano 10.922 milhões de euros para gastar, o que corresponde a um aumento de 5%, mais 523 milhões de euros face ao estimado para 2018.
A proposta de Lei do Orçamento de Estado para 2019 será discutida e votada na generalidade na Assembleia da República a 29 e 30 de Outubro. A votação final global está agendada para 29 de Novembro.