Após a tempestade Leslie, 60 mil casas continuam sem luz
Maioria dos clientes afectados está no distrito de Coimbra e na zona do Louriçal, Pombal. Cerca de 71 linhas de Alta e Média Tensão continuam inoperacionais.
Cerca de 60 mil clientes da região Centro continuavam ao fim da tarde desta segunda-feirasem energia eléctrica, devido à passagem da tempestade Leslie, menos 10 mil do que ao final da manhã, anunciou a EDP Distribuição.
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Cerca de 60 mil clientes da região Centro continuavam ao fim da tarde desta segunda-feirasem energia eléctrica, devido à passagem da tempestade Leslie, menos 10 mil do que ao final da manhã, anunciou a EDP Distribuição.
Em comunicado, a empresa avança que "o número de consumidores sem energia continua a diminuir relativamente ao pico de mais de 300 mil verificados ontem [domingo] ao início da manhã, situando-se neste momento em cerca de 60 mil clientes, localizados maioritariamente no distrito de Coimbra e na zona do Louriçal, Pombal".
A mesma nota destaca que a EDP Distribuição mantém no terreno mais de 750 efectivos a identificar "as situações mais críticas, com vista a implementar medidas mitigadoras, nomeadamente através da instalação de geradores para suprir as necessidades".
"A situação de reposição de energia tem evoluído positivamente, sendo que ainda existem cerca de 71 linhas de Alta e Média Tensão dadas como inoperacionais, com postes danificados, em particular nas localidades abastecidas pelas subestações de Louriçal e Soure", acrescenta o comunicado.
A EDP Distribuição refere ainda que continua a desenvolver esforços para normalizar a situação.
A passagem do furacão Leslie por Portugal, onde chegou como tempestade tropical, provocou 28 feridos ligeiros e 61 desalojados.
A Protecção Civil mobilizou 8.217 operacionais, que tiverem de responder a 2.495 ocorrências, sobretudo queda de árvores e de estruturas e deslizamento de terras.
O distrito mais afectado pelo Leslie foi o de Coimbra, onde a tempestade, com um "percurso muito errático", se fez sentir com maior intensidade, segundo a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).
Na Figueira da Foz, uma rajada de vento atingiu os cerca de 176 quilómetros por hora no sábado à noite, valor mais elevado registado em Portugal, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).