Líder do CDS diz que o próximo Orçamento “é de continuidade”

Cristas avança com propostas na área da economia e famílias

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Assunção Cristas com Francisco Rodrigues dos Santos LUSA/CARLOS BARROSO

A líder do CDS criticou neste domingo a forma como têm sido reveladas partes da proposta do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) mas também a substância. “Nestes últimos dias temos assistido a um campeonato de medidas e de anúncios. Algumas delas reclamadas pelo CDS”, afirmou, defendendo que se trata de um “Orçamento de continuidade que não serve o futuro do país”. A líder do CDS falou perante uma centena de militantes da Juventude Popular (JP) reunidos num hotel, no âmbito da Escola de Quadros.

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A líder do CDS criticou neste domingo a forma como têm sido reveladas partes da proposta do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) mas também a substância. “Nestes últimos dias temos assistido a um campeonato de medidas e de anúncios. Algumas delas reclamadas pelo CDS”, afirmou, defendendo que se trata de um “Orçamento de continuidade que não serve o futuro do país”. A líder do CDS falou perante uma centena de militantes da Juventude Popular (JP) reunidos num hotel, no âmbito da Escola de Quadros.

Reiterando a intenção de avançar com um “orçamento alternativo”, Cristas revelou algumas das propostas – já noticiadas pelo PÚBLICO – para as famílias e empresas: a descida progressiva do IRC, a eliminação da sobretaxa do ISP, a reposição do quociente familiar e o reforço das medidas fiscais com as despesas que as famílias têm com idosos em casa. Uma outra medida que o CDS quer pôr em cima da mesa é a da isenção da TSU para os empregadores na substituição de trabalhadores que estejam a gozar de licença de parentalidade.

Ainda Tancos

Depois de se pronunciar sobre a remodelação governamental, Cristas referiu-se ainda ao caso Tancos para sublinhar a importância da proposta da sua bancada para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito ao caso, que vai servir para “apurar responsabilidades políticas” e que “não confunde com o plano da justiça.”

A um ano de eleições, a líder do CDS vinca a mensagem de que o partido quer “ser a primeira escolha” e demarca-se do PSD: “Um voto no CDS não viabiliza um governo PS. Somos os únicos que o dizemos de forma cristalina”.

A mesma ideia já tinha sido sublinhada por Diogo Feio, director da Escola de Quadros e do gabinete de estudos do CDS. “Com o PS e António Costa nós não fazemos acordos. Somos uma oposição que tem propostas, somos estáveis, somos confiáveis. Garantidamente que não vamos levar a surpresas. Se há voto seguro no próximo ano é no CDS”, afirmou o dirigente.

Noutro registo, o líder da JP deixou a mesma ideia sobre a relação entre António Costa e Rui Rio, recorrendo a uma canção dos DAMA. “Às vezes não sei o que quero e tu: tá bem/às vezes não sei o que faço e tu: tá bem/ uma vez não são vezes e eu não digo a ninguém", entoou Francisco Rodrigues dos Santos, gerando risos na plateia. 

O líder da JP partilhou a ideia da demarcação do PSD: “Toda a gente já percebeu que com eles ‘tá-se’ bem e que com o CDS não está nada bem porque fazemos oposição e apresentamos alternativa”.