Matthew Weiner, o criador de Mad Men, tem nova série

Os dois primeiros episódios de The Romanoffs, do Amazon Prime Video, foram lançados esta sexta-feira no serviço de streaming.

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Aaron Eckhart e Marthe Keller no primeiro episódio de The Romanoffs. DR

A primeira série que Matthew Weiner faz desde que Mad Men chegou ao fim em 2015 gira à volta de descendentes dos Romanov, a família real russa que foi assassinada pelos bolcheviques em 1918. Lançada e produzida pela Amazon, é uma série de antologia, em que cada episódio conta uma história diferente, com um elenco e personagens novas. A ligação entre os episódios faz-se através de personagens que dizem pertencer à linhagem real. Ao contrário do que é normal acontecer com os originais de streaming, em vez de os episódios serem disponibilizados de uma assentada, serão lançados ao ritmo de um por semana, com a excepção dos dois primeiros, que saíram esta sexta-feira via Amazon Prime Video.

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A primeira série que Matthew Weiner faz desde que Mad Men chegou ao fim em 2015 gira à volta de descendentes dos Romanov, a família real russa que foi assassinada pelos bolcheviques em 1918. Lançada e produzida pela Amazon, é uma série de antologia, em que cada episódio conta uma história diferente, com um elenco e personagens novas. A ligação entre os episódios faz-se através de personagens que dizem pertencer à linhagem real. Ao contrário do que é normal acontecer com os originais de streaming, em vez de os episódios serem disponibilizados de uma assentada, serão lançados ao ritmo de um por semana, com a excepção dos dois primeiros, que saíram esta sexta-feira via Amazon Prime Video.

Mas isto não é Mad Men. Primeiro, não se desenrola numa época passada. Depois, é uma empreitada que é, à partida, bem mais ambiciosa. Weiner, que, além de criador e argumentista, realiza todos os episódios, juntou um elenco recheado de nomes fortes do cinema internacional, numa produção que atravessa vários continentes. O primeiro episódio, por exemplo, é encabeçado pela suíça Marthe Keller, que interpreta uma Romanov que cresceu em Paris, e o norte-americano Aaron Eckhart, no papel do seu sobrinho que quer ficar com o luxuoso apartamento dela, comprado pelo avô para a sua amante. A complicar tudo está a francesa Inès Melab, no papel de uma jovem muçulmana que é contratada para tomar conta da personagem de Keller, uma mulher ultra-preconceituosa e islamofóbica.

O segundo episódio, que envolve um cruzeiro só de descendentes Romanov, conta com as interpretações de Corey Stoll, Kerry Bishé, Noah Wyle e Janet Mongomer, e, nos capítulos seguintes podem ver-se no ecrã Isabelle Huppert, Jack Huston, Amanda Peet, Mary Kay Place, Diane Lane, Andrew Rannells, Griffin Dunne, Kathryn Hahn ou Adèle Anderson, bem como actores com quem Weiner trabalhou em Mad Men, como Christina Hendricks, John Slattery (no segundo episódio) ou Jay R. Ferguson.

Tal como acontecia em Mad Men, o fascínio de Weiner pela decadência e por aquilo que há de feio por debaixo de uma superfície aparentemente perfeita transparece.

Não é, nem de longe, nem de perto, o melhor trabalho de Weiner (isso será Mad Men e os episódios de Os Sopranos por ele escritos), mas, pelo menos a julgar pelos primeiros dois episódios, é melhor do que Amigos Para o Que Der e Vier (Are You Here), o filme que ele realizou em 2013, uma comédia dramática com Owen Wilson, Zach Galifianakis e Amy Poehler.