Telemóvel do Google atende chamadas pelo utilizador
Empresa apresentou três novos aparelhos e disse querer ajudar as pessoas a controlarem o tempo que passam a usar a tecnologia.
Os novos telemóveis topo de gama do Google, o Pixel 3 e o Pixel 3 XL, podem atender chamadas inoportunas pelo utilizador. O objectivo é que o dono do aparelho passe menos tempo agarrado à tecnologia ou a interromper refeições e reuniões, uma ideia que é comum ao trio de novos aparelhos apresentados esta terça-feira, e que inclui um tablet e um ecrã inteligente.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os novos telemóveis topo de gama do Google, o Pixel 3 e o Pixel 3 XL, podem atender chamadas inoportunas pelo utilizador. O objectivo é que o dono do aparelho passe menos tempo agarrado à tecnologia ou a interromper refeições e reuniões, uma ideia que é comum ao trio de novos aparelhos apresentados esta terça-feira, e que inclui um tablet e um ecrã inteligente.
Com a nova versão do Google Assistant – a tecnologia de assistente virtual do Google, que já existe nos Android – o utilizador pode escolher a opção screen call (que pode ser traduzida por “investigar chamada”) para que o Google Assistant atenda e pergunte qual é o motivo da chamada. A resposta é transcrita e mostrada ao utilizador, para que este decida se quer atender pessoalmente, ignorar, ou bloquear o número como spam.
A tecnologia para atender chamadas foi primeiro apresentada em Maio com o Google Duplex, uma ferramenta para marcar serviços, como mesas em restaurantes. Baseia-se numa rede neuronal treinada com uma grande base de dados de conversas anónimas, que ajuda o sistema a perceber as pessoas mesmo quando se repetem ou omitem verbos.
Quando o utilizador não se quer distrair com o telemóvel, pode virá-lo com a face para baixo para desactivar automaticamente o volume do aparelho e as notificações.
"Os dispositivos 'made by Google' ajudam as pessoas a fazer mais durante o dia, para que possam passar menos tempo com os aparelhos e tenham mais tempo para as coisas que verdadeiramente interessam”, disse Rick Osterloh, o vice-presidente da secção de dispositivos da empresa, na apresentação em Nova Iorque. “O nosso compromisso com o bem-estar digital está em todos os aparelhos.”
Tal como nas versões anteriores, foram apresentados dois telemóveis de uma vez: o Pixel 3, com um ecrã de 5,5 polegadas, e a versão Pixel 3 XL, com um ecrã de 6,3 polegadas. Têm uma câmara traseira de 12.2 megapixeis, e uma frontal de oito megapixeis.
As câmaras dos Pixel 3 vêm também com novas funcionalidades para aumentar a qualidade das fotografias. A funcionalidade top shot permite detectar quando um utilizador vai tirar uma fotografia (por exemplo, ao perceber que a aplicação da câmara foi aberta), e tirar várias fotografias segundos antes e depois de o utilizador clicar no botão. De acordo com o Google, o propósito é garantir que o utilizador consegue a imagem que quer e que o momento “não se perde” porque alguém se mexeu ou fechou os olhos. O sistema também compila várias fotografias tiradas de seguida para criar a fotografia com a melhor qualidade possível sem que o utilizador perca tempo a tirar várias versões da mesma imagem.
O preço do aparelho mais pequeno, o Pixel 3, vai rondar os 799 dólares. Ainda não há data de chegada a Portugal.
Um ecrã inteligente que "dorme"
O novo ecrã inteligente do Google, chamado Google Home Hub, parece ser a resposta do Google à coluna inteligente da Amazon, o Echo Show, que também vem com um ecrã. O objectivo é mostrar a resposta ao utilizador, em vez de apenas a dizer. É útil para navegar em aplicações como o YouTube (do Google), e o Google Maps.
Com o Google Hub – cujo preço vai rondar os 149 dólares – as pessoas podem desligar os aparelhos, trancar portas ou ligar e desligar as luzes nas várias divisões da casa, se estes equipamentos estiverem conectados (o que não acontece na maioria das casas).
O ecrã é capaz de identificar a voz de diferentes pessoas e adaptar a informação transmitida a cada uma.
Contrariamente ao Echo Show, da Amazon, ou ao Portal, do Facebook, que foi apresentado esta segunda-feira, o Google Hub não vem com uma câmara. Embora isto queira dizer que o aparelho não pode realizar videochamadas, diminui as preocupações de privacidade. O utilizador também pode desactivar a assistente durante períodos de tempo específicos em que não quer ser distraído pela tecnologia (isto não influencia alarmes pré-programados).
O Google também apresentou um tablet. Vem com duas câmaras de oito megapíxeis na frente e na traseira do aparelho, e o botão para ligar e desligar funciona como um leitor de impressões digitais. O aparelho traz um teclado adicional, que se conecta ao ecrã sem precisar de carregamento.
Tal como os restantes aparelhos, o Slate vem com o assistente do Google integrado para ditar emails, ou pedir para encontrar episódios de séries específicas. Sem o teclado, o preço ronda os 599 dólares.