Portugal conquista dois prémios nos RegioStars 2018
O Museu do Património da Vista Alegre e o Centro de Negócios do Fundão saíram vitoriosos no concurso que visa destacar projectos originais e inovadores apoiados por fundos europeus.
Vieram para Portugal dois dos prémios da edição deste ano dos RegioStars, considerados uma espécie de “óscares europeus” para projectos de desenvolvimento regional. Nesta edição, o país estava representado com um total de cinco finalistas – dois da região Norte, dois do Centro e um consórcio internacional –, num total de 21. A vitória acabou por chegar a dois deles. O Museu do Património da Vista Alegre e o Centro de Negócios do Fundão, ambos da região Centro, mereceram o reconhecimento do júri do concurso e foram, ao final da tarde desta terça-feira, anunciados como vencedores, numa cerimónia realizada em Bruxelas.
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Vieram para Portugal dois dos prémios da edição deste ano dos RegioStars, considerados uma espécie de “óscares europeus” para projectos de desenvolvimento regional. Nesta edição, o país estava representado com um total de cinco finalistas – dois da região Norte, dois do Centro e um consórcio internacional –, num total de 21. A vitória acabou por chegar a dois deles. O Museu do Património da Vista Alegre e o Centro de Negócios do Fundão, ambos da região Centro, mereceram o reconhecimento do júri do concurso e foram, ao final da tarde desta terça-feira, anunciados como vencedores, numa cerimónia realizada em Bruxelas.
“É o reconhecimento da própria Comissão Europeia da boa aplicação dos fundos e nesta fase em que estamos a negociar o próximo quadro comunitário ainda se revela mais importante”, destacava ao PÚBLICO Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), depois de conhecer a vitória dos dois projectos submetidos por aquele organismo. “Só podíamos candidatar dois e os que apresentámos saíram vencedores”, fez ainda questão de referir, notando que são dois projectos de duas áreas que evidenciam aquilo que a região procura fazer: “uma aposta na modernidade, sem esquecer a história”. Por um lado, “a transição para uma indústria inteligente, através do projecto promovido pelo município do Fundão”, aponta. No outro, “o cuidado de preservar o património cultural e industrial, de forma sustentável, com o projecto liderado pelo município de Ílhavo e pela empresa Vista Alegre”, acrescenta.
No caso do chamado Museu do Património da Vista Alegre, o que estava em causa era o projecto que abrangeu a requalificação do teatro, da fábrica, da capela, do bairro operário e a construção de um hotel de cinco estrelas na localidade ilhavense onde está sediada a reconhecida marca de porcelanas. Vencedor da escolha do público, este projecto integrado “permitiu a preservação de um património cultural internacional, salvando a marca da ruína e contribuindo para o aumento do turismo na região”, segundo destaca a CCDRC.
Em causa esteve um investimento total de 44 milhões de euros e o financiamento europeu para o projecto do chamado Museu do Património da Vista Alegre andou na ordem dos cerca de 2,2 milhões de euros.
Já o projecto do Centro de Negócios e Serviços Partilhados do Fundão destacou-se por ter permitido “atrair 14 empresas TICE (Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica) e criar 500 postos de trabalho altamente qualificados numa cidade de cariz rural com menos de 15.000 habitantes”, de acordo com a CCDRC. Em quatro anos, o projecto conseguiu impulsionar “um ecossistema integrado que gerou 68 startups e deu suporte a mais de 200 projectos de investimento privado”, ainda de acordo com a mesma entidade.
Foi financiado pelo Programa Operacional Regional do Centro, em cerca de 2,1 milhões de euros, e saiu vencedor na categoria “Apoiar a transição industrial inteligente”. Entre os seus adversários estava um outro projecto nacional: o I3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, do Porto. Na corrida, na categoria “Criando um melhor acesso aos serviços públicos” – eram cinco as categorias a concurso - estava também a casa Kastelo de Matosinhos, bem como o projecto Interreg Sudoe ClimACT, coordenado pelo Instituto Superior Técnico e co-financiado pelo Programa de Cooperação Territorial Interreg, que competia na categoria “Alcançar a sustentabilidade através de baixas emissões de carbono”.
Esta foi já a quinta vez que Portugal saiu vencedor neste concurso – num total de 11 edições. A última vitória tinha acontecido em 2016 e foi dirigida ao projecto de aproveitamento de resíduos florestais e agrícolas da BLC3, associação com base em Oliveira do Hospital, na região Centro. Ou seja, “outro projecto num território de baixa densidade populacional, o que demonstra que a ciência não tem fronteiras e é importante para o desenvolvimento destes territórios”, vincou Ana Abrunhosa. Antes desta vitória, já tinham recebido o prémio o projecto luso-espanhol das cidades de Chaves e Verín, o Parque de Ciências e Tecnologia da Universidade do Porto e o projecto Art on Chairs do município de Paredes.
Notícia actualizada às 14h25 de dia 15/10/18 - Acrescenta informações sobre o consórcio internancional