Sporting cai frente ao último e perde terreno na frente

Portimonense derrotou os “leões” e deixa a “lanterna vermelha” do campeonato.

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O Portimonense venceu o Sporting LUSA/FILIPE FARINHA

De último este Portimonense não tem nada. Ou melhor, só tinha os pontos. E a equipa algarvia provou-o neste domingo, frente ao Sporting derrotado no terreno daquele que era o “lanterna vermelha” do campeonato por 4-2.

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De último este Portimonense não tem nada. Ou melhor, só tinha os pontos. E a equipa algarvia provou-o neste domingo, frente ao Sporting derrotado no terreno daquele que era o “lanterna vermelha” do campeonato por 4-2.

Com jogadores de enorme qualidade no ataque, o Portimonense causou muitas dificuldades ao Sporting, que iniciou esta partida sabendo que, se vencesse, ultrapassaria o FC Porto na classificação e subiria ao terceiro lugar do campeonato. Mas os “leões” são uma equipa que há 24 jogos (contabilizando todas as competições) sofre golos quando joga longe de Alvalade e neste domingo manteve essa fragilidade. O Portimonense, que não derrotava o Sporting desde 1989, fez a festa e por números históricos. É que o emblema “leonino” não sofria quatro golos num jogo para o campeonato nacional há dez anos.

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José Peseiro manteve Nani no banco de suplentes e apostou em Jovane Cabral no “onze” titular. Mas foi o Portimonense a dominar os primeiros 45 minutos, período em que marcou dois golos e foi sempre a equipa mais perigosa.

O 1-0 teve assinatura de um ex-jogador “leonino”. Manafá, extremo adaptado a lateral esquerdo na equipa treinada por Folha, avançou (à extremo) no relvado e inaugurou o marcador à passagem da primeira meia-hora de jogo, numa altura em que o Sporting se mostrava incapaz de construir lances de perigo, já que Raphinha era uma sombra do que vinha mostrando esta temporada e Jovane não desequilibrava como também já fez esta época.

O 2-0 surgiu por intermédio de Nakajima, a poucos minutos do intervalo, numa jogada que o japonês finalizou depois de a ter iniciado junto à linha lateral com um toque de calcanhar. O lance deixaria marcas em Salin, guarda-redes “leonino” que, na tentativa de defender o remate do nipónico, embateu com a cabeça no poste direito da baliza. O francês chegou a perder os sentidos, tendo sido levado para o hospital para realizar exames.

O segundo tempo foi diferente. José Peseiro colocou Nani em campo devido a lesão de Raphinha e o Sporting melhorou. Bruno Fernandes passou a estar mais acompanhado e em poucos minutos os “leões” causaram perigo: primeiro num remate de fora da área de Bruno Fernandes, depois num falhanço incrível de Jovane, após bom cruzamento do internacional português.

Sentado na sua vantagem de dois golos, o Portimonense não deu ouvidos a estes avisos e acabou por sofrer — uma tendência que tem acompanhado os algarvios neste seu regresso à I Liga, pois em todas as jornadas sofreram pelo menos dois golos. Uma jogada individual de Acuña, acabou por fazer a bola sobrar para Nani, que serviu Montero para o 2-1.

Com a vitória em risco, o Portimonense despertou da letargia em que tinha caído e, muito por culpa de Nakajima, voltou a dar luta ao Sporting. Com dez minutos para jogar, o japonês primeiro assustou e depois concretizou, num remate de fora da área, sem defesa para Renan.

A perder por 3-1 a menos de cinco minutos dos 90’, muitos dos adeptos sportinguistas que foram a Portimão e quase encheram o estádio começaram a abandonar o recinto, apesar deste Sporting já ter provado que é capaz de surpresas nos instantes finais dos seus jogos. E ontem quase o conseguiu novamente. Nani descobriu Coates na área algarvia e o uruguaio reduziu para 3-2 a poucos minutos do apito final.

Entre os sportinguistas, nascia a esperança de, pelo menos, chegar ao empate, só que milagres não acontecem sempre e neste domingo isso provou-se, pois em vez do milagre João Carlos trouxe os “leões” de volta à terra, sentenciando a partida ao fazer o 4-2 final e mantendo o Sporting no quinto posto, a quatro dos líderes Benfica e Sporting de Braga.