Conceição diz que seria "interessante" passar de um para quatro pontos de vantagem

O treinador do FC Porto antecipou o jogo do FC Porto contra o Benfica, no Estádio da Luz.

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Sérgio Conceição Reuters/LEON KUEGELER

O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, considerou que o clássico de domingo, frente ao Benfica, da sétima jornada da I Liga portuguesa de futebol, é "importante, mas não decisivo", nas contas finais do campeonato.

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O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, considerou que o clássico de domingo, frente ao Benfica, da sétima jornada da I Liga portuguesa de futebol, é "importante, mas não decisivo", nas contas finais do campeonato.

O treinador do campeão nacional "dragões" reconheceu, ainda assim, que um triunfo neste duelo no Estádio da Luz, em Lisboa, poderá dar uma vantagem interessante ao seu conjunto, mas também lembrou que há muitas jornadas pela frente.

"É importante vencer pelos três pontos que ganhamos e que não deixamos o adversário conquistar, passando de uma vantagem de um para quatro pontos. Agora, se é decisivo? Obviamente, não o é. Há todo um campeonato a fazer, esta é uma prova de regularidade, as equipas têm de manter o nível alto", disse Sérgio Conceição.

O técnico dos "azuis-e-brancos" reconheceu que seria "importante vencer a um adversário directo na luta pelo título", lembrando que qualquer deslize será um revés numa fase em que cinco equipas estão muito próximas na frente da tabela - o FC Porto é segundo, com 15 pontos, menos um do que o Sporting de Braga, enquanto o Benfica segue em terceiro, com 14.

"É importante por toda a envolvência e o confronto directo, que podem ser determinantes no final do campeonato. Lembro-me de que, na época passada, tivemos bons desempenhos frente a Sporting e Benfica, mas não será decisivo", completou.

Independentemente do resultado na Luz, Sérgio Conceição espera que a sua equipa dê sequência às boas performances.

"Ganhar em casa de um rival tem o seu impacto, mas é momentâneo, tanto de forma positiva com negativa, não vale a pena ganhar em casa do Benfica, e depois perdermos o nosso próximo jogo no Dragão", acrescentou.

O treinador do FC Porto espera "um adversário difícil, que vai obrigar a equipa a estar ao mais alto nível para poder ganhar o jogo", mas não quis adiantar a estratégia que está a ser preparada, nomeadamente sobre a inclusão, ou não, de Soares, que volta a poder entrar nas opções.

"Não tenho, de formar o meu 'onze' em função do estatuto, ou de voltar a ter um jogador que costuma ser titular. Tenho de me preparar vendo quem está ao melhor nível para este jogo e que me dá melhores garantias para sucesso. É sempre bom ter mais jogadores, tal como Tiquinho [Soares], mas isso não implica que temos, ou não, de mudar alguma coisa na nossa forma de jogar", esclareceu.

Sérgio Conceição confessou estar "confortável por ter um grupo jogadores inteligentes, que aceitam a estratégia e o trabalho, percebendo os momentos do jogo", e não se lamentou pela ausência do lesionado Aboubakar.

"É um avançado que no ano passado foi o melhor marcador em todas a provas, tem um peso importante, mas não o temos, e vamos buscar outras soluções. Não me queixei na Liga dos Campeões [frente ao Galatasaray] e também não tinha o Soares, e não o vou fazer agora. Do outro lado, não vejo a equipa do Benfica chorar muito por soluções a que não pode dar a volta. Somos treinadores, temos de arranjar soluções, é a vida das equipas", afirmou.

O treinador do FC Porto, que aproveitou para dar os parabéns aos clubes portuguesas pelas prestações nas provas europeias desta semana, considerou que "o passado recente nas duas equipas não vai interferir em nada neste jogo", não se alongando sobre as ausências no rival, nomeadamente do defesa central Jardel.

"Estamos preparados para os cenários possíveis dentro do que tem sido o passado recente do Benfica e a sua dinâmica de jogo, sabendo que pode mudar um ou outro elemento", disse Sérgio Conceição.

O treinador dos "dragões" considerou que as "questões emocionais de quem está a jogar melhor ou menos bem, ou se os resultados têm sido mais ou menos positivos, não interessa neste tipo de jogos", mostrando satisfação por o desafio não ser realizado à porta fechada.

"Mesmo jogando em casa de um rival forte e com uma massa adepta apaixonada pelo seu clube, prefiro sempre jogar num estádio cheio", rematou.

O encontro, que este sob ameaça de se jogar à porta fechada, por castigo de que o Benfica recorreu, suspendendo o seu efeito, está marcado para as 17h30 de domingo.