Bolsonaro chega aos 32% e Haddad também sobe para 23%

Margem entre os dois desce de dez para nove pontos percentuais. Segunda volta parece inevitável.

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Apoio ao candidato da extrema-direita cresce segundo os rendimentos e a escolaridade dos eleitores. Reuters/PAULO WHITAKER

A quatro dias das eleições presidenciais brasileiras, que se realizam no próximo domingo, o candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro subiu um ponto percentual na última sondagem do instituto Ibope divulgada na madrugada desta quinta-feira, registando 32% das intenções de voto

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A quatro dias das eleições presidenciais brasileiras, que se realizam no próximo domingo, o candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro subiu um ponto percentual na última sondagem do instituto Ibope divulgada na madrugada desta quinta-feira, registando 32% das intenções de voto

O candidato que aparece em segundo lugar, o ex-autarca de São Paulo, Fernando Haddad, que concorre pelo Partido dos Trabalhadores (PT), também subiu — neste caso dois pontos percentuais — surgindo agora com 23% das intenções de voto. Face às variações a diferença entre os dois candidatos desce de dez para nove pontos percentuais, relativamente à última consulta de opinião da empresa Ibope para a TV Globo e para o jornal Estado de São Paulo, divulgada na madrugada de terça-feira (segunda-feira à noite no Brasil).

O candidato do Partido Democrático Trabalhista (PDT, centro-esquerda), Ciro Gomes, mantém o terceiro lugar nas intenções de voto, mas volta a descer um ponto para os 10% face à última sondagem da Ibope. A mesma descida registou o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB, centro-direita), Geraldo Alckmin, que aparece agora com 7% das intenções de voto. Por seu lado, a ecologista Marina Silva, que nas eleições de 2014 esteve perto de chegar à segunda volta, manteve os 4% obtidos na consulta divulgada na terça-feira.

A nova sondagem foi feita pela mesma firma entre segunda e terça-feira e ouviu 3010 eleitores, de 209 municípios. Volta a confirmar que nenhum dos candidatos consegue os 50% de votos suficientes para evitar a segunda volta, que parece ser inevitável e está marcada para 28 de Outubro.

Na simulação para a segunda votação há uma inversão das posições dos candidatos da extrema-direita e do PT, mas como fica dentro da margem de erro (dois por cento) é considerado um empate técnico: 43% dos votos totais para Haddad e 41% para seu adversário.

O candidato de extrema-direita continua a ter mais apoio do eleitorado masculino do que do feminino: Bolsonaro consegue 26% das intenções de votos das mulheres, menos 13% do que entre os homens. Mas, apesar da disparidade, tem apresentado uma tendência de crescimento entre as eleitoras nas duas últimas pesquisas: tinha 18% no dia 26 de Setembro, passou para 24% na sondagem divulgada na terça-feira e agora chegou aos 26%.

O apoio ao candidato da extrema-direita cresce segundo os rendimentos e a escolaridade dos entrevistados, o inverso que ocorre em relação ao representante do PT. Segundo o jornal Estado de S. Paulo, entre os que fizeram curso superior, Bolsonaro consegue uma taxa de votação de 43% contra 14% de Haddad.

“Na faixa dos que ganham até um salário mínimo, Haddad tem 33%, e Bolsonaro, 19%. Na outra ponta, entre os que recebem mais de cinco salários, o candidato do PSL [extrema-direita] lidera por 51% a 11%”, escreve o jornal brasileiro.