Frente Comum acusa Governo de querer funcionários a “viver em prestações”
A Frente Comum não abdica de aumentos salariais de 4% em 2019 e não irá desconvocar a greve marcada para 26 de Outubro.
A Frente Comum garantiu nesta quinta-feira que não desconvoca a greve marcada para 26 de Outubro e acusa o Governo de querer os funcionários públicos “a viver em prestações”, lamentando o pagamento faseado das progressões na carreira.
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A Frente Comum garantiu nesta quinta-feira que não desconvoca a greve marcada para 26 de Outubro e acusa o Governo de querer os funcionários públicos “a viver em prestações”, lamentando o pagamento faseado das progressões na carreira.
"Reafirmamos [a proposta de aumentos salariais] de 60 euros para ordenados até 1500 euros e 4% acima disso, é nessa base que partimos para a negociação", disse a dirigente da Frente Comum, Ana Avoila, à saída de uma reunião no Ministério das Finanças sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2019.
Ana Avoila disse que o Governo não apresentou qualquer proposta de actualização salarial para 2019, tendo a secretária de Estado da Administração Pública, Fátima Fonseca, garantido que a proposta seria entregue aos sindicatos na próxima ronda negocial, agendada para quarta-feira (10 de Outubro).
A dirigente sindical adiantou que não irá desconvocar a greve nacional marcada para dia 26, afirmando que a decisão "está do lado do Governo".
"Se o Governo acha que não se deve fazer a greve então venha ao encontro das propostas dos sindicatos e dos trabalhadores. Enquanto isso não acontecer, há todos os motivos para se fazer a greve", defendeu Ana Avoila.
As três principais estruturas sindicais da administração pública estão a ser recebidas esta tarde no Ministério das Finanças para discutir o OE
O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) foi a primeira estrutura a ser recebida. À saída da reunião, a presidente do STE, Helena Rodrigues, disse que o Governo avançou "vários cenários" para os aumentos da função pública, mas sem apresentar uma proposta concreta.
O STE reafirmou que não abdicará de aumentos salariais em percentagem para todos os trabalhadores, lembrando que a estrutura sindical reivindica uma actualização de 3% em 2019.